sexta-feira, março 25, 2005

Em defesa do movimento identitário

Eu sou um nacionalista-identitário…

Na realidade torna-se necessário colocar a questão nestes termos pois o conceito de nacionalismo não é monolítico e não pretendo dispor do monopólio da sua boa utilização. É natural que dentro do movimento nacionalista existam divergências ideológicas, é assim com qualquer movimento político , existe sempre a esfera inerente ao indivíduo, subjectiva, que dá azo a interpretações diferentes do que se pretende alcançar. Aliás, mesmo no movimento identitário existirão divergências quanto à melhor forma de construir o futuro, próprias de qualquer movimento que agregue um grupo de indivíduos, mas existe um conjunto de princípios comuns sobre os quais assenta o combate identitário que não são passíveis de discussão porque são o seu corpo fundador, a raiz da sua visão de sociedade e mundo, e são esses princípios que unem numa luta comum os identitários. A ideia central que suporta e distingue o identitarismo é a ideia de nação, mas a nação encontrada no seu conceito original e essencialmente aí.

A palavra “nação” descende de “natio” que significa nascer, por sua vez descende do substantivo, em latim, "nationen" cujo significado é “raça” ou “casta”. Significado similar ao de “ta ethe”, em grego, cujo sentido servia para estabelecer uma distinção com os estrangeiros, e também por isso pressupunha uma componente cultural exclusiva. A utilização primeira da palavra “nação” na língua inglesa tinha um conteúdo semântico que designava um grupo de pessoas unidas por laços de sangue, a sua utilização para descrever um grupo de indivíduos habitantes de uma mesma região independentemente da conceitualização étnica assente na ascendência comum surgiu muito mais tarde. Desta forma surge uma distinção entre o conceito de Estado e o conceito de Nação. Esta distinção é clara para um identitário, separa-o aliás de outras correntes nacionalistas. É na lógica que vem da explicação anterior que um identitário compreende, para dar um exemplo, que o povo judeu constituísse uma nação mesmo sem ter terra, ou se preferirem, sem a existência do Estado de Israel.

O cerne do pensamento identitário está aqui, o identitário funda no primórdio do conceito de nação, na sua significância pura, na sua génese, limpa do desvirtuamento moderno, a base, o alicerce do seu nacionalismo. Que fique claro, o nacionalismo-identitário não esquece a raiz étnica que é o âmago da nação e o verdadeiro factor da sua continuidade e existência futura; ou seja, não sendo a identidade étnica a definir única e exclusivamente a nação, esta não existe, no entanto, sem essa identidade.

A compreensão disto leva automaticamente à compreensão de duas realidades que marcam o pensamento identitário português. Primeiro, ao percepcionar a nação no seu fundamento original, um identitário não pode olhar para o fim do Império como a perda de parte nuclear da nação, perdeu-se parte daquilo que era o Estado português, e pelo que referi atrás, Estado e Nação não significam o mesmo, visto que o primeiro é essencialmente um conceito político ou jurídico e o segundo antecede a esfera da lei. Não significa que se considere irrelevante ou indiferente a perda de parte do território português mas antes que a nação não deixou de existir ou fazer sentido por isso; na exacta medida em que o seu cerne se manteve intacto, o povo e espaço europeu original.

Segundo, compreende-se por que razão o movimento identitário tende a criar sinergias europeístas, é precisamente pelo facto dos povos europeus partilharem uma herança étnica, um legado civilizacional, terem enfrentado no passado lutas comuns (que dividiram a Europa na medida em que foram ganhas nuns lados e perdidas noutros), enfrentarem no presente problemas semelhantes e também pela consciência de que na actualidade a geopolítica implica da parte dos europeus uma partilha de posições em “áreas-chave” se quiserem enfrentar os problemas que se adivinham ou que já existem assumindo um papel próprio. Numa era em que o Mundo está cada vez mais dividido em grandes blocos espaciais, uma Europa de pequenas nações a remoer antagonismos e quezílias passadas não terá poder algum para se opor à hegemonia americana ou à ascensão chinesa, não só politicamente como economicamente, e todas as nações europeias sofrerão com isso.

É determinante, no entanto, ter plena consciência de que esta U.E nada tem a ver com o ideal identitário, na medida em que não pugna pela preservação da identidade europeia, pela sua emancipação face a culturas estranhas à Europa, é centralizadora e não revela qualquer ambição de revitalização do espírito primordial europeu. Diria que é quase a negação do movimento identitário.

É preciso afirmar que a Europa identitária é uma Europa das nações e que pela realização particular das suas nações realiza-se enquanto realidade colectiva. E convém explicar o que se entende por isto. Em boa verdade, a Europa das pátrias ou das nações que o movimento identitário defende não é mais que a consequência lógica de um princípio fundamental do identitarismo: o principio da subsidariedade, que advoga a gestão localizada, descentralizada, dos problemas. A tomada de decisão é um processo que é delegado em instâncias superiores apenas quando houver incapacidade, impossibilidade ou desvantagem em ser empreendido ao nível da comunidade. Este princípio está correlacionado com a visão comunitária do identitarismo. Naturalmente a consequência lógica destes pressupostos implica o “Estado-Nação” como uma inevitabilidade, legítimo representante da comunidade nacional perante a “Europa-Potência”, uma comunidade (nação) que se quer organicamente coesa para que possa ser funcional e que por isso implica necessariamente uma identidade de estirpe, cultural, linguística, tradicional.

A descentralização de poderes e plena autonomia decisora das nações( e a uma outra escala no interior destas) no que concerne às suas culturas, tradições e mecanismos sociais específicos deve ser a base do funcionamento da Europa, passando para um nível supranacional a concertação ou união efectiva nas áreas que estejam relacionadas com “macro-realidades” políticas e económicas e que exijam inevitavelmente uma posição comum em ordem a beneficiar o espaço europeu como um todo, sejam por exemplo os casos de coordenação na investigação cientifica em áreas onde a detenção de patentes fora do sector privado possa trazer benefícios (como a saúde), uma agenda ecológica comum, o desenvolvimento de uma força militar (permitindo sair progressivamente da dependência americana/judaica), uma política de controlo de fronteiras intransigente e partilhada, a coordenação fiscal de forma a permitir uma concorrência justa intra-europeia atendendo às especificidades estruturais de cada economia, o estabelecimento de medidas de protecção comercial face ao exterior, etc.

Naturalmente essa Europa não pode permitir a concessão do direito de nacionalidade a cidadãos não europeus e deve funcionar como um bloco comercial tutelado, daí a necessidade de, como defende Maurice Allais (Nobel da economia em 1988), estabelecer um mercado de livre concorrência no espaço europeu mas protegido face aos mercados externos. Allais vai até mais longe e afirma peremptoriamente que a liberalização comercial só é possível, vantajosa e desejável num espaço regional de um grupo de países coordenados económica e politicamente, com economias razoavelmente próximas e nunca à escala mundial, como preconiza o modelo implementado desde os acordos do GATT e que tem sido ferramenta essencial na manutenção da hegemonia americana (e a uma escala menor inglesa) no mundo.

Portugal não terá de abdicar da defesa dos seus interesses específicos, caber-nos-á naturalmente um papel importante na ligação comercial e diplomática com a África lusófona, mas estritamente nesses termos e nunca com vista a qualquer projecto de integração política ou social de qualquer tipo, exactamente o mesmo papel que caberá à França na relação com a África francófona. A Portugal, pela sua posição atlântica estratégica, caberá também um importante papel na ligação da Europa ao continente americano, e muito em particular ao seu extremo sul, onde vivem milhões de europeus que falam português, muitos dos quais de ascendência lusa. A existência de coordenação na política externa europeia não implica qualquer diminuição da nossa capacidade de intervenção nos mercados onde detemos vantagens naturais que não advenham de inaptidão própria, e essa só responsabiliza os próprios portugueses.

Nacionalistas porque compreendemos o substrato étnico fundador da nação, nacionalistas porque respeitamos a nossa história mas queremos assegurar o nosso futuro, nacionalistas porque procuramos o bem-estar dos portugueses (culturalmente, socialmente, economicamente), nacionalistas porque defendemos valores e instituições estruturantes de qualquer comunidade saudável, nacionalistas porque rejeitamos dogmas económicos, pretendendo colocar a economia ao serviço do homem e da comunidade e não o inverso. Nacionalistas porque compreendemos que a ideia de desenvolvimento pressupõe a expansão das capacidades humanas( um conceito desenvolvido por Amartya Sen_ Nobel da economia em 1998) e não meramente o crescimento do PIB, indicador que aliás não considera o crescimento de desigualdades e a exclusão no seio das sociedades; nacionalistas porque procuramos a colaboração harmoniosa e a cooperação instintiva naturais nas sociedades unidas por um sentimento de cultura ancestral e ligação biológica como estudado na teoria sociológica de Ferdinand Tonnies( a sua gemeinschaft), que explica como as sociedades coesas pela unidade orgânica funcionam naturalmente de forma mais solidária. Identitários porque acreditamos que tudo isto é hoje realizável pela lógica, inevitável e desejável cooperação entre os povos da Europa sem abdicarem da sua especificidade.

18 Comentários:

Blogger Rodrigo N.P. disse...

Não só não estamos sós como estamos muitíssimo bem acompanhados, acredite.
Saudações e obrigado.

6:12 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Excelente post. Deveria chamar-se "Introdução ao Movimento Identitário".

NC

8:40 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Mais um notabilíssimo texto!
Desta vez, 'mata dois coelhos de uma só cajadada': por um lado, fornece à corrente lusitana do nacionalismo-identitário um excelente programa; e, por acréscimo de razão, enriquece o corpo doutrinário do Nacionalismo Português.
Finalmente, presta um excelente serviço à Língua Portuguesa, que, coitada, é tão mal tratada por essa lusa blogosfera fora...!
Mais uma vez, felicito-o e envio-lhe um eterno bem-haja.

Saudações Nacionalistas,
Mendo Ramires

3:56 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Já que se falou nas diferenças de pensamento dentro dos próprios identitários, deixe-me apimentar a discussão recordando-lhe que o conceito «Europa das Nações» (aqui defendido como parte inseparável do identitarismo) não é completamente pacífico nem tão pouco aceite por todos os identitários como um punti fermi.

Eu próprio testemunhei ao vivo a discórdia que tal conceito provoca junto de um partido identitário como o MSR (Espanha) que, além de advogar a Europa dos povos contra a Europa das Nações, tomou posição favorável em relação à Constituição Europeia por entender que ela é um instrumento importante para a unificação europeia.

Há, portanto, correntes identitárias de uma linha pan-europeia mais vanguardistas que pretendem ressuscitar o Império Romano. Chamam-lhe agora «Império Europa». Dentro desta linha, há ainda os partidários da Euroásia, que pretendem unificar o espaço branco, dos Açores a Vladivostok - e da qual Guillaume Faye é um dos principais defensores.

Depois, há ainda os identitários comunitaristas multiculturalistas, como é o caso de Benoist.

Eu, identitário que sou, revejo-me no que foi escrito pelo Rebatet, mas trouxe tudo isto ao assunto para enriquecer o debate.

Uma coisa positiva: neste blogue, além de se fazerem boas sínteses, começa-se também a fazer boa ideologia.

Cumprimentos!

5:18 da manhã  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

Muitos tópicos para uma discussão interessante. Apenas alguns pensamentos; quer-me parecer que a posição do MSR parte da ideia de utilizar a actual construção europeia para aprofundar a interligação entre os povos da Europa, criando as bases para um sentimento de identificação europeia, achando que subsequentemente será possível mudar esta Europa por dentro e transformá-la numa Europa identitária. O que me parece subjacente à posição do MSR é a crença na capacidade de transformar por dentro o que já existe e não construir de base uma outra Europa. Esta posição não é aliás única, conheço quem a partilhe…não é no entanto a minha posição, creio que a actual U.E está a criar os mecanismos e os cenários que impedirão uma transformação interna e é também por isso que desejo uma vitória do não à constituição europeia.

Em relação à questão da Europa das nações, tenho uma posição , direi “lusocêntrica” , ou seja, no caso português, a nação, juridicamente definida, será a que existe hoje porque temos uma identidade sólida construída ao longo da história, partilhamos uma tradição, uma cultura e uma língua, e a realidade portuguesa é a que a mim mais me interessa. Noutros casos europeus a situação é diferente, uma Suiça ou uma Bélgica não são exemplos similares ao nosso, mas julgo que aqui caberá a esses povos fazerem as suas escolhas, se pretendem continuar unidos e se sentem representados por um Estado congregante das tais nações “carnais”, como definiu o Miazuria, ou se pretendem seguir um caminho autonómico ou independente. De uma forma ou de outra o funcionamento subsidiário obrigará, em minha opinião, à existência da Nação como representante da comunidade e elo de ligação entre os povos e a estrutura europeia.

O maior ou menor grau de integração numa Europa identitária será passível de discussão e até contingencial, mas na UE actual qualquer reforço de integração parece-me perigoso, como um passo no escuro…

Seja como for, o importante é suscitar o debate de modo a fortalecermos convicções e clarificarmos caminhos.
Cumprimentos.

5:03 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Quanto à presente UE concordo com o Rebatet. Quanto à "Europa das Nações" penso que o termo só é equivoco para quem considera que o estado é a Nação. Não é este o caso, como fica muito claro no texto de Rebatet.

NC

7:43 da tarde  
Blogger Caturo disse...

A palavra “nação” descende de “natio” que significa nascer, por sua vez descende do substantivo, em latim, "nationen" cujo significado é “raça” ou “casta”. Significado similar ao de “ta ethe”, em grego, cujo sentido servia para estabelecer uma distinção com os estrangeiros, e também por isso pressupunha uma componente cultural exclusiva. A utilização primeira da palavra “nação” na língua inglesa tinha um conteúdo semântico que designava um grupo de pessoas unidas por laços de sangue, a sua utilização para descrever um grupo de indivíduos habitantes de uma mesma região independentemente da conceitualização étnica assente na ascendência comum surgiu muito mais tarde. Desta forma surge uma distinção entre o conceito de Estado e o conceito de Nação.


Excelente. É mais um texto de antologia.

10:32 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Caro miazuria,

Para os identitários espanhóis, falar em «Europa das Nações» ou «Europa das Pátrias» é falar na Europa dos velhos Estado-Nação, herdeiros do princípio westefaliano das soberanias. Daí que eles prefiram o termo «Europa dos Povos».

Para nós, portugueses, falar em nações é pacífico. O nosso Estado corresponde à nossa nação. Em toda a Europa, somos um dos poucos nessa situação.

Será que partidos mais direitistas como a DN ou a Falange, que não abdicam da sua Espanha «Una, Grande e Livre» mas que, ao mesmo tempo, são perfeitamente racialistas, podem ser considerados «identitários»? É uma pergunta que não sei responder pois depende muito de que «identitarismo» estamos a falar.

Não tenho assim tanta certeza de que Europa é que o MSR quer. Como disse, e bem, o Rebatet, a sua posição favorável à Constituição Europeia (e que, diga-se de passagem, muito me incomoda) é uma aposta e um risco simultâneo, pois crêem que a Constituição irá aproximar os povos europeus uns dos outros. A questão é esta Constituição é totalmente jacobina, neo-liberal, centralista e tende, irremediavelmente, para o conceito de Império Romano, em que os povos estão todos subjugados a uma ordem imperial. Que democracia e liberdades nacionais poderão haver num sistema gigantes desses?

Quanto aos espaços eurosiberiano e euroasiático, confesso que me enganei nos termos quando falei de Faye. De facto, Faye é um apóstolo da Eurosibéria e não da Euroásia como erroneamente eu tinha dito. Mesmo assim, não sei se o conceito Eurosiberiano é ou não realista, nem tão-pouco sei se nós, os do Ocidente, partilhamos de uma civilização comum com os povos brancos do nordeste extremo.

Quanto ao Benoist, está claramente a cair numa utopia muito perversa, pois falar em comunidades estranhas na Europa é promover a formação de vastos enclaves, de feudos, de conflitos e de guerras inter-étnicas no nosso território. Um território com várias comunidades será um território de disputa pelo poder. O que ele diz é que, a haver uma «Europa Comunitária», as várias comunidades teriam que respeitar os limites de identidade das outras comunidades. Mas isso é tão estúpido como dizer que a igualdade existe só porque reina o igualitarismo...

12:45 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

"(permitindo sair progressivamente da dependência americana/judaica)"

Pois é, a corrente é demasiado forte para remares contra meu caro, e quando falas de laços de sangue dás arrepios a muita gente. A historia das nações já deu prova da mentira identitaria que são esses discurssos. Não,olha para o relógio e vê que tudo tem um principio e um fim. Já há muito tempo que Portugal perdeu a sua identidade.

Eminência 7

2:33 da manhã  
Blogger Caturo disse...

«O que ele diz é que, a haver uma «Europa Comunitária», as várias comunidades teriam que respeitar os limites de identidade das outras comunidades. Mas isso é tão estúpido como dizer que a igualdade existe só porque reina o igualitarismo... »

Não percebi bem - é estúpida a ideia de várias comunidades lado a lado, respeitando os limites de cada uma delas?

Não li ainda nenhum texto de Benoist sobre essa questão das comunidades não europeias dentro da Europa. Mas se o que aqui se disse a respeito disso é verdade, se ele diz que já não é possível pôr fora da Europa quem não é europeu, então acho isto de uma gravidade imensa.
Não é estupidez - é um princípio de cedência, que é muito pior.

Eu sou dos que têm a mania dos sinais, é verdade, mas, mesmo que pareça maniento e repetitivo, não posso deixar de dizer que isto é um sinal: quando um dos principais intelectuais do Nacionalismo chega ao ponto de dizer que já não é possível pôr os não europeus fora do Velho Continente e que, por isso, é preciso aceitar e como que oficializar a sua presença, então é caso para dizer que é muito mau sinal.

4:35 da manhã  
Blogger Caturo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

6:53 da tarde  
Blogger Caturo disse...

«O Benoist sacrificou a radicalidade,que nada tem a ver com extremismo, em nome do pragmatismo e de um desistente realismo.»

De facto, muita gente confunde radicalidade com extremismo, ou, para dizer melhor, «exagerismo» (porque o termo «extremo» em si não designa nada de errado). E muitos dos «moderados realistas» não entendem que o facto de se perseguir um ideal impossível de alcançar não significa que não se consiga alcançar algo de sólido... quero dizer com isto que, usando uma metáfora estudantil, quem estuda para ter vinte, pode ter azar e ficar só com um quinze, mas quem estuda só para o dez, é provável que tenha azar e fique só com um nove ou um oito, reprovando assim na disciplina. O óptimo é inimigo do bom, mas se se lutar almejando o óptimo, é possível que se alcance o bom, ao passo que se se quiser tão somente ficar com o bom, é provável que não se vá além do mediano ou mesmo do medíocre.
Se se combater no sentido de expulsar todos os alienígenas da Europa, é possível PELO MENOS reduzir significativamente o seu número; e a questão dos números, na guerra (quente ou fria), define a diferença entre a vida e a morte.

É assim que os radicais de Esquerda têm combatido ao longo das décadas: exigem o impossível, o ultrajante, parecendo até idiotas ou alienados, mas, lentamente, de geração em geração, vão levando a água ao seu moinho...

7:06 da tarde  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

Sem querer falar muito para «dentro», pergunto-vos se conhecem o polémico texto escrito pelo Steuckers onde ele aborda as dissidências do GRECE , convenhamos que, a ser verdade o que lá é escrito, o Benoist e os seus próximos saem mal do filme. Seja como for, seria muito mais producente se as divisões entre os homens do GRECE e os da “Terre et Peuple”(digamos assim) não tivessem existido. Julgo que existem ideias interessantes a tirar de um lado e doutro mas é indiscutível que o “grupo do Faye” é actualmente o grande mobilizador do movimento.

9:15 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Aconselho o texto «Comunitarismo vs. Etno-nacionalismo: Alain de Benoist e Guillaume Faye em debate» que coloquei na passado semana no Portal Nacionalista e que vem justamente a propósito desta nossa discussão:

http://www.portugalsempre.com/benoist_faye_debate.htm

Faye, pelo seu pragamatismo, pela sua frontalidade, pelo seu dinamismo e pela sua intransigência convincente, tornou-se, de facto, no grande mobilizador intelectual das hostes nacional-identitárias. Faye tem despertado enorme entusiasmo junto de muita gente e eu não tenho problema em reconhecer que sou um desses grandes entusiasmados. Dele, já li o «Arqueofuturismo», «A Colonização da Europa» e o recentíssimo «La Convergence des Catastrophes» (2004), que recomendo a todos! Muito recentemente li um pequeno ensaio intitulado «A enfermidade do pacifismo» e que se encotra aqui:

http://es.geocities.com/sucellus23/833.htm

Apesar de escrito em '85, trata-se de um texto sublime e actualíssimo!

No concernente ao Benoist, depois da análise do miazuria, escuso-me de acrescentar muito mais, pois subescrevo a 100%.

Acrescento apenas que o erro analítico de Benoist no que concerne à solução comunitária (cada etnia e cada identidade deve constituir, no seio da Europa, uma comunidade separada) tem que ver com as disparidades demográficas que, a médio-longo prazo, acabarão por ditar o desaparecimento das comunidades demograficamente mais débeis. Há também o risco da feudalização (no pior sentido da palavra) e da criação de grandes enclaves. Seria uma Europa dividia, trocidada, palco de disputas, pequenas guerras e pequenos terrorismos.

11:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Aqui - no elevado debate sobre o Nosso Futuro -, aprende-se. Um grande bem-haja, a todos.

Mendo Ramires

2:35 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

A modos de...
A Europa dos brancos conheceu ao longo da sua história guerras e confrontos de várias ordens e com várias causas. As quezílias entre povos e entre nações nem sempre foram provocadas por motivos territoriais, mas por visões politico-filosóficas diferentes…resumindo esta primeira questão, o que pretendo dizer é que povos com raízes culturais muito idênticas e da mesma cor se degladiaram entre si, “culminando” na II Grande Guerra, ou será melhor dizer na Bósnia, Croácia, Sérvia, Kosovo…! Esta é a realidade, ou seja o eterno conflito.
Eu sei o que está em causa! O que está em causa é se eu confio mais num holandês ou num alemão ou num português? A minha resposta imediata ia para o alemão, jamais confiaria num pirata holandês. E o tuga, será que merece confiança? O tempo e só o tempo criou a indosicrasia em cada povo, fazendo desses povos “dignos de confiança” ou não!
Eu sei, não concordam, não podemos analisar assim as coisas! Dir-me-ão que em cada nação há gente honesta e gente desonesta… Exacto! Por isso para alem dos povos foi “criado” o Estado, essa entidade que aglutina, dirige e enobrece o povo, dando-lhe Alma!
Para que o Estado não caia em tentações “de povo” ou “do povo”, digamos, nacional-patrioteiras, foi “criado” o Império, Ideia aglutinadora de Estados, surgindo assim uma Alma maior, que IDENTIFICA Almas Iguais. Estas almas iguais têm tanto quanto possível corpos de pele idêntica, mas não é condição primeira que isso aconteça, pois como já alguém um dia escreveu – Há por vezes almas “altas e loiras” em corpos pequenos e escuros.
Existem várias teorias sobre as raças e suas mutações (evolução!), desde as ditas cientificas, às esotéricas e ocultas. Há uma unanimidade em todas elas, é que cada uma dessas raças produzia numa determinada época e lugar um foco civilizacional. Os caucasianos, raça ária ou ariana são a “última” e mais evoluída (sacrilégio) das actuais. O mundo tal e qual o conhecemos hoje, para o bem e para o mal, tem o cunho desta raça. Esta raça entendida como tal irá desaparecer como aconteceu e acontece com outras, desaparecendo através da mestiçagem ou do seu oposto – o grito do ipiranga- a ultima tentativa de “purificação”!
O caldeirão, mais do que na Europa, está estabelecido na América, pois foi aí que ficou definitivamente delineado o futuro das raças e dos povos: A Guerra Civil Americana!
Não pelo “pequeno caso da escravatura negra” mas porque aí morreu uma Ideia Ordem de um futuro. Não foi com o III Reich que os arianos perderam, isto já estava escrito nas entrelinhas da História…o III Reich não foi mais do que o inicio do prolongado grito do ipiranga!
Actualidade, o que fazer?
Apenas se me apresenta uma Via - a do Ser! A do sermos dignos representantes desse último grande foco civilizacional que no seu Ser teve paralelo em outras raças como é o caso da nação dos samurais…servir, Serviço, o melhor que cada um possa dar, simplesmente servir Essa Ideia Ordem que ainda é apanágio de nós Kxatrias – O Império Solar! E que com esta Ideia se alicerce a futura raça advir.

Legionário

1:38 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

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12:47 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

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7:47 da manhã  

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