Do anticomunismo à subserviência aos Estados Unidos
As necessidades da luta obscurecem frequentemente as suas razões. O movimento tornou-se suficiente em si mesmo: não nos interrogamos mais sobre as causas do nosso envolvimento. Passa-se isso com o anticomunismo, que alimenta agora os pontos de vista mais diferentes numa zona de consenso equívoca. A direita é anti-soviética, os liberais também, os sociais-democratas igualmente, sem esquecer os marxistas críticos que acham que Marx foi “traído” por Estaline e os comunistas dissidentes que souberam “distanciar-se”.Nota-se bem a confusão.
A nossa oposição ao comunismo é completa e não temos desejo algum de viver num regime como o soviético. Isto seria provavelmente escusado dizer, mas ainda melhor se o dizemos. Mas pensamos também que o anticomunismo deve encontrar o seu fundamento fora de si mesmo; que a hostilidade em relação ao Kremlin não deve servir de pretexto para aceitar outras lealdades, que a política tem as suas leis próprias, que não se reduzem integralmente nem à moral nem à ideologia.
O nosso anticomunismo não tem portanto nada de primário. Ele deriva de uma oposição ao universalismo igualitário, onde o comunismo não é mais que um representante entre outros. Ele não poderia pois, aos nosso olhos, servir de catalizador para aceitar, nomeadamente, um liberalismo que se situa na mesma filiação genealógica, crendo também na igualdade ”natural” de todos os seres humanos, e vendo também ele na economia o paradigma por excelência de todos os factos sociais (recordemo-nos oportunamente que a sociedade existente que mais se aproxima da sociedade ideal, como Marx a imaginou, é a dos Estados Unidos da América).
Os liberais, motores do anticomunismo contemporâneo, raciocinam de forma muito diferente. Os objectivos de Marx parecem-lhes, frequentemente, bastante estimáveis. São os meios para lá chegar que eles rejeitam. Quando eles criticam o regime comunista é para denunciar os atentados à “liberdade”, a “ferocidade da repressão” e a violação do sacrossanto princípio dos “direitos do homem”.E se atacam a doutrina é com a intenção de mostrar que ela desemboca fatalmente no “despotismo”.Este ponto de vista é um pouco limitado. O despotismo é sem dúvida criticável mas o comunismo não se resume ao facto de que contraria a “liberdade”( não é de resto o único a fazê-lo; subversão, infiltração, espionagem, assassinatos, golpes de Estado: estes são os métodos da CIA, tanto como os do KGB). Portanto, todos os anticomunismos não se equivalem. Que uma direita, outrora mais segura sobre os seus princípios, a sua matéria, se tenha fixado na crítica liberal, diz muito sobre a sua cegueira e explica porque alguns defensores da “preferência nacional” preferem acima de tudo… o regime de Reagan.
Quanto à liberdade, digamos claramente que é algo que para nós prima tudo o resto: é a liberdade colectiva, a liberdade do povo e da nação. Neste fim de milénio é acima de tudo a liberdade da Europa que nos preocupa. A noção de “Ocidente” é uma noção doravante desprovida de sentido, que permite aos E.U.A. estabelecer a lei sem o dizer, instituindo-se como o “líder natural” deste ectoplasma. A URSS procede do mesmo modo, pretendo agir como a capital do socialismo instituído. Americanização de um lado, russificação do outro. Os Estados Unidos: um futuro sem passado; a URSS: um passado sem futuro. A Oeste: o imobilismo sob a efervescência; a Este: a dinâmica sob a estabilidade. Os Estados Unidos funcionam segundo a lógica do espaço, a URSS joga com o factor tempo. A isto juntam-se os constrangimentos da geopolítica: o “bloco continental” é uma realidade. O comunismo é um bonito termo - a doutrina do bem comum – mas resultou mal. Há aqueles que dizem “antes vermelhos que mortos”. Há aqueles que aceitam ser “americanos em vez de soberanos”. Face às duas superpotências “cosmopoliciais” rejeitemos de uma vez só o que sucessivamente tem produzido o comunismo e o liberalismo. Não evitaremos jamais sobre nós uma ditadura aceitando uma hegemonia.
Robert de Herte, primavera de 1986
A nossa oposição ao comunismo é completa e não temos desejo algum de viver num regime como o soviético. Isto seria provavelmente escusado dizer, mas ainda melhor se o dizemos. Mas pensamos também que o anticomunismo deve encontrar o seu fundamento fora de si mesmo; que a hostilidade em relação ao Kremlin não deve servir de pretexto para aceitar outras lealdades, que a política tem as suas leis próprias, que não se reduzem integralmente nem à moral nem à ideologia.
O nosso anticomunismo não tem portanto nada de primário. Ele deriva de uma oposição ao universalismo igualitário, onde o comunismo não é mais que um representante entre outros. Ele não poderia pois, aos nosso olhos, servir de catalizador para aceitar, nomeadamente, um liberalismo que se situa na mesma filiação genealógica, crendo também na igualdade ”natural” de todos os seres humanos, e vendo também ele na economia o paradigma por excelência de todos os factos sociais (recordemo-nos oportunamente que a sociedade existente que mais se aproxima da sociedade ideal, como Marx a imaginou, é a dos Estados Unidos da América).
Os liberais, motores do anticomunismo contemporâneo, raciocinam de forma muito diferente. Os objectivos de Marx parecem-lhes, frequentemente, bastante estimáveis. São os meios para lá chegar que eles rejeitam. Quando eles criticam o regime comunista é para denunciar os atentados à “liberdade”, a “ferocidade da repressão” e a violação do sacrossanto princípio dos “direitos do homem”.E se atacam a doutrina é com a intenção de mostrar que ela desemboca fatalmente no “despotismo”.Este ponto de vista é um pouco limitado. O despotismo é sem dúvida criticável mas o comunismo não se resume ao facto de que contraria a “liberdade”( não é de resto o único a fazê-lo; subversão, infiltração, espionagem, assassinatos, golpes de Estado: estes são os métodos da CIA, tanto como os do KGB). Portanto, todos os anticomunismos não se equivalem. Que uma direita, outrora mais segura sobre os seus princípios, a sua matéria, se tenha fixado na crítica liberal, diz muito sobre a sua cegueira e explica porque alguns defensores da “preferência nacional” preferem acima de tudo… o regime de Reagan.
Quanto à liberdade, digamos claramente que é algo que para nós prima tudo o resto: é a liberdade colectiva, a liberdade do povo e da nação. Neste fim de milénio é acima de tudo a liberdade da Europa que nos preocupa. A noção de “Ocidente” é uma noção doravante desprovida de sentido, que permite aos E.U.A. estabelecer a lei sem o dizer, instituindo-se como o “líder natural” deste ectoplasma. A URSS procede do mesmo modo, pretendo agir como a capital do socialismo instituído. Americanização de um lado, russificação do outro. Os Estados Unidos: um futuro sem passado; a URSS: um passado sem futuro. A Oeste: o imobilismo sob a efervescência; a Este: a dinâmica sob a estabilidade. Os Estados Unidos funcionam segundo a lógica do espaço, a URSS joga com o factor tempo. A isto juntam-se os constrangimentos da geopolítica: o “bloco continental” é uma realidade. O comunismo é um bonito termo - a doutrina do bem comum – mas resultou mal. Há aqueles que dizem “antes vermelhos que mortos”. Há aqueles que aceitam ser “americanos em vez de soberanos”. Face às duas superpotências “cosmopoliciais” rejeitemos de uma vez só o que sucessivamente tem produzido o comunismo e o liberalismo. Não evitaremos jamais sobre nós uma ditadura aceitando uma hegemonia.
Robert de Herte, primavera de 1986
8 Comentários:
O texto, tendo sido escrito em 1986 é inequívocamente 'datado', mas adiante....
"A nossa oposição ao comunismo é completa..."
Ainda bem. A nossa também.
"... um liberalismo que se situa na mesma filiação genealógica..."
Uma vez que o Rebatet escolheu este texto, seria bom justificar esta afirmação, que é, a meu ver, uma completa distorção.
"... crendo também na igualdade ”natural” de todos os seres humanos..."
Igualdade em abstracto, no que conerne á relação indivíduo/Estado. Não confundir (propositadamente??) com igualitarismo, que é algo COMPLETAMENTE diferente.
O Liberalismo parte do princípio, correcto, de que os seres humanos são desiguais em apetências e capacidades e que isso vai levar a inevitáveis desigualdades.
Como o Rebatet sabe o 'Darwinismo' (não estamos sepradados da Natureza e, por isso, a Evolução e seus mecanismos aplicam-se igualmente aos humanos) não é exógeno ao pensamento liberal e, por isso, o igualitarismo é uma noção que, aos olhos do Liberal é uma completa abstracção, uma imbecilidade e uma inutilidade.
"...e vendo também ele na economia o paradigma por excelência de todos os factos sociais..."
Como é óbvio.
A Economia não é o único 'motor' da História....mas é o principal.
"... a sociedade existente que mais se aproxima da sociedade ideal, como Marx a imaginou, é a dos Estados Unidos da América)..."
Aqui o autor só pode estar a gozar.
Os EUA são uma sociedade COM CLASSES,BASEADA NA PROPRIEDADE PRIVADA E ULTRA-CAPITALISTA.
Não sabia que era isto que Marx idealizava.
Está-se sempre a aprender e o autor avança com novidades fantásticas no campo da Ciência Política.
Fórmula:
EUA= país que se aproxima mais da sociedade idealizada por Marx.
AHAHAHAHAH
Se calhar eu, e mais uns larguíssimos milhões de pessoas, lemos 'mal' o Das Kapital e tirámos as conclusões erradas.
Que chatice.
O PCP e o Fidel (esses ingratos) deveriam era prostrar-se perante essa grande farol da sociedade ideal-marxista: os EUA.
Fantástico.
"Os objectivos de Marx parecem-lhes, frequentemente, bastante estimáveis."
Não. De maneira alguma.
Os objectivos de Marx são completamete idiotas, tremendamente enfadonhos e utópicos.
O Marxismo é optimista antropológico e, como V. bem sabe, o LIberalismo é pessimista antropológico e até negativista.
A sociedade DEVE (tem que...é completamente inevitável) ser desigual, pois isso é que é NATURAL.
Se todos temos capacidades e apetências diferentes, a hierarquia, a estratificação em classes e as desigualdades económicas são inevitáveis e, repito, NATURAIS.
Por isso se pode chamar ao LIberalismo (ou Neo-Liberalismo, cmomo o reviralho 'atira') de 'Sistema Sócio-Económico Natural'
Mas também depende de que 'Liberais' está a falar.
O termo agora deu para ter as 'costas largas' e dá 'pra tudo'.
"Quando eles criticam o regime comunista é para denunciar os atentados à “liberdade”, a “ferocidade da repressão” e a violação do sacrossanto princípio dos “direitos do homem”.
Claro. E com muito orgulho.
"E se atacam a doutrina é com a intenção de mostrar que ela desemboca fatalmente no “despotismo”"
Exactamente.
Ainda bem que o preclaro autor reconhece.
"...todos os anticomunismos não se equivalem."
Também é verdade.
Há nuances.
"...é a liberdade colectiva, a liberdade do povo e da nação."
Claro.
Ao se entegar a liberdade ao indivíduo, está-se a entregá-la a todos. Se se está a entregar a todos, está-se a entregar ao 'colectivo', ao tal de 'Povo'.
À Nação, em suma, que, que se saiba, é composta de indivíduos.
A liberdade dos indivíduos, é a liberdade do 'colectivo', que é um somatório mais ou menos alargado de indivíduos...por mais voltas que os 'colectivistas' dêem.
"... instituindo-se como o “líder natural” deste ectoplasma."
E porquê?!
Por mérito dos EUA, certamente, mas também por extraordinário e flagrante demérito da Europa.
" Os Estados Unidos funcionam segundo a lógica do espaço, a URSS joga com o factor tempo."
Guess what.....ganhou o Espaço. :)
O autor, em 1986 ainda não tinha bem noção (e em 1986 já poderia ter uma consciência bem mais clara disso) do que iria acontecer três anos depois.
Dever ter ficado, por certo, de boca aberta.
O texto é datado mas é também extremamente actual. Hoje já é tarde mas amanhã farei aqui a defesa integral deste texto e explicarei porque o publiquei e por que razão o considero bastante pertinente. Discordo de algumas afirmações suas e acho que o autor fez um diagnóstico razoavelmente correcto do liberalismo. O ponto que sei causará maior incompreensão é a comparação dos EUA à sociedade idealizada por Marx, mas também explicarei o porquê dessa comparação, sendo que não é "O Capital" a razão da afirmação.Mas, como lhe disse, amanhã explicarei o meu ponto de vista.
«Uma vez que o Rebatet escolheu este texto, seria bom justificar esta afirmação, que é, a meu ver, uma completa distorção.»
A justificação é dada pelo próprio autor quando fala da crença igualitária, universalista e materialista de ambos os sistemas.
«O Liberalismo parte do princípio, correcto, de que os seres humanos são desiguais em apetências e capacidades e que isso vai levar a inevitáveis desigualdades.»
O Marxismo parte também do princípio que os seres humanos têm capacidades diferentes, daí a máxima :"De cada um de acordo com as suas capacidades, a cada um de acordo com as suas necessidades", o Buiça pode é dizer que o liberalismo não subscreve esta última parte, mas a primeira é comum, a distinção será na vontade igualitária nos fins que o marxismo procura e que o liberalismo rejeitará...
«Como o Rebatet sabe o 'Darwinismo' (não estamos sepradados da Natureza e, por isso, a Evolução e seus mecanismos aplicam-se igualmente aos humanos) não é exógeno ao pensamento liberal e, por isso, o igualitarismo é uma noção que, aos olhos do Liberal é uma completa abstracção, uma imbecilidade e uma inutilidade.»
Quanto ao darwinismo ser endógeno ao pensamento liberal, enfim, não sei se é, mas se for, estranho muito que os liberais não façam suas bandeiras que derivariam decisivamente desse darwinismo, como sejam o reconhecimento inequívoco das diferenças entre raças e a sua hierarquização ou o diferencialismo biológico, nunca vi um liberal assumir isto, excepto talvez o Buiça, faço-lhe justiça; e mesmo se falamos de darrwinismo social onde está a assumpção liberal das hierarquias culturais? O igualitarismo aos olhos dos liberais é uma realidade no plano social, a defesa da igualdade entre povos e culturas, entre homens e mulheres, entre conceitos morais, reduzindo-os à esfera da subjectividade, sobretudo o igualitarismo de todos perante o mercado, todos são antes de tudo consumidores.
«Se calhar eu, e mais uns larguíssimos milhões de pessoas, lemos 'mal' o Das Kapital e tirámos as conclusões erradas.
Que chatice.»
Quem poderia explicar efectivamente esta afirmação seria o autor mas eu deduzi que ele não fez a comparação propriamente com base no sistema económico de Marx mas sim na sua filosofia política e social. Acima de tudo existe em Marx o conceito filosófico de materialismo dialéctico que, estendido ao económico, define o marxismo da seguinte maneira: o motor da história são as relações laborais, ou seja a forma como os indivíduos se situam no mercado de trabalho, é precisamente essa relação com o mercado que define a sociedade americana. Você afirma que os EUA são uma sociedade classista, no entanto podem ser considerados o exacto oposto disso, nos EUA a ideia que reina é a de uma sociedade com enorme flexibilidade ou mobilidade social ou de classes, onde hoje se pode estar a limpar escadas e amanhã a conduzir um Jaguar, a ideia de que tudo é dependente do trabalho e que subir ou cair na escala social é uma realidade possível para qualquer um, a ideia do valor do trabalho como motor do posicionamento social, a ideia mítica do «sonho americano» baseada na igualdade de todos, não existe portanto a concepção de classe como conceito "estável", digamos assim …não menos importante, se nos lembrarmos que Marx advogava que o comunismo seria o estádio final do socialismo em que o Estado seria progressivamente eliminado, será recordar que talvez nenhum país no mundo tivesse menos "Estado" que a América de Reagan, sobretudo é importante recordar o ênfase que se colocava por lá, à altura, na continuada diminuição do Estado. Mas seja como for, isto são meras especulações, apenas o autor poderia explicar com propriedade esta afirmação.
«O Marxismo é optimista antropológico e, como V. bem sabe, o LIberalismo é pessimista antropológico e até negativista.»
Discordo, não acho de forma alguma o liberalismo antropologicamente pessimista, se o fosse não poderia advogar o "fim" do Estado (embora esse fim nunca seja total, mas também o não era em Marx) e a conjugação das vontades individuais como potenciadoras naturais de uma harmonia social quase miraculosa, em que os interesses individuais se combinam maximizando o bem-estar geral. Se isto é próprio de um sistema pessimista… bem sei que alguns liberais tentam fazer passar essa ideia, aqueles que decidiram conjugar o seu liberalismo com a direita tradicional, mas ela não me parece correcta.
«Claro.
Ao se entegar a liberdade ao indivíduo, está-se a entregá-la a todos. Se se está a entregar a todos, está-se a entregar ao 'colectivo', ao tal de 'Povo'.
À Nação, em suma, que, que se saiba, é composta de indivíduos.
A liberdade dos indivíduos, é a liberdade do 'colectivo', que é um somatório mais ou menos alargado de indivíduos...por mais voltas que os 'colectivistas' dêem.»
Não, a liberdade individual por si não assegura a liberdade da nação, são coisas distintas. A liberdade individual irrestrita pode levar a estados de perda para a nação enquanto entidade una e objectiva. Alguns poucos indivíduos controlam muito poder, as suas decisões, conformes à sua liberdade individual, podem não só não ser as que melhor servem a nação como ser de facto prejudiciais à nação. A ideia de nação aqui não é o de mero somatório de indivíduos.
«E porquê?!
Por mérito dos EUA, certamente, mas também por extraordinário e flagrante demérito da Europa.»
Certo, mas e agora? Devemos dar-nos por contentes ou reclamar aquilo que pretendemos e contestar a hegemonia reinante? Essa sim é a questão, não se o mérito é deles ou o demérito nosso.
Obrigado pelos comentários e cumprimentos.
11:21 PM
Excellent, love it!
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