A Constituição totalitária
«Esta Constituição Europeia não respeita o sentido da tradição do direito público democrático.Com efeito, segundo esta tradição, as leis constitucionais devem limitar-se a organizar o funcionamento dos poderes públicos e as suas relações, a qualificar as grandes instituições legislativas, executivas e judiciais e a definir as responsabilidades de umas em relação a outras, a precisar claramente a diferença entre o domínio regulamentar e o domínio legislativo, o modo de designação do chefe de Estado e do governo, etc. No total, não deve exceder meia centena de artigos claros.
Mas em caso algum deve uma constituição democrática interessar-se pelo conteúdo politico e ideológico aplicável pelos poderes públicos ou pelo tipo de sociedade desejável, porque se trata então de um constrangimento que torna impossível toda a alternância e que esvazia a substância de toda a eleição( nomeadamente, aqui, a do Parlamento de Estrasburgo) dado que qualquer que seja a cor política do poder legislativo e executivo, estes serão obrigados a efectuar a mesma política. Assim retira toda a possibilidade de escolha, tem um espírito perfeitamente anti-democrático, é subtilmente totalitária. A Constituição da URSS de 1937 também obrigava o poder político a seguir uma linha política precisa , a do dogma do Partido Comunista da União Soviética. Actualmente a Constituição Europeia segue o mesmo caminho, por isso a impressão de desconexão que as suas dezenas de páginas de jargão deixam ao leitor.
A maior parte dos artigos, com efeito, são destinadas a enquadrar e orientar à partida a acção dos governantes. Estes são alguns exemplos: Não é possível instalar barreiras aduaneiras, escapar a uma concorrência total intra e extra-europeia, estabelecer controlos interiores de mercadorias ou pessoas, instaurar serviços públicos europeus e sobretudo ter uma política migratória restritiva. Mesmo se as opiniões públicas o decidissem, mesmo se o Parlamento de Estrasburgo balançasse ideologicamente, não seria absolutamente possível aplicar uma política diferente daquela dada pelas prescrições ideológicas e políticas da Constituição. Por exemplo, o regime económico está fixado de uma vez por todas, o que é não somente neo-totalitário mas paralisante para o futuro: de facto, fechamo-nos num sistema ( por exemplo o comércio livre total e a interdição de contingentes) que pode tornar-se ingovernável numa má conjuntura. Os analistas americanos esfregam as mãos em face deste último ponto, que paralisará o governo da União, eles que podem perfeitamente à sua vontade modificar o seu regime económico.
É de resto para estar bem seguro de que um Parlamento europeu que tivesse ideias contrárias à vulgata exprimida definitivamente pela Constituição não pudesse inflectir a política oficial que está prevista esta regra digna das ditaduras: O dito Parlamento não tem a iniciativa da lei! Este órgão «legislativo» não é mais que uma câmara de registo. Por sua vez, à Comissão e ao Conselho_ órgãos não eleitos_ são atribuídas competências legislativas. A separação de poderes não é respeitada.»
Guillaume Faye
Mas em caso algum deve uma constituição democrática interessar-se pelo conteúdo politico e ideológico aplicável pelos poderes públicos ou pelo tipo de sociedade desejável, porque se trata então de um constrangimento que torna impossível toda a alternância e que esvazia a substância de toda a eleição( nomeadamente, aqui, a do Parlamento de Estrasburgo) dado que qualquer que seja a cor política do poder legislativo e executivo, estes serão obrigados a efectuar a mesma política. Assim retira toda a possibilidade de escolha, tem um espírito perfeitamente anti-democrático, é subtilmente totalitária. A Constituição da URSS de 1937 também obrigava o poder político a seguir uma linha política precisa , a do dogma do Partido Comunista da União Soviética. Actualmente a Constituição Europeia segue o mesmo caminho, por isso a impressão de desconexão que as suas dezenas de páginas de jargão deixam ao leitor.
A maior parte dos artigos, com efeito, são destinadas a enquadrar e orientar à partida a acção dos governantes. Estes são alguns exemplos: Não é possível instalar barreiras aduaneiras, escapar a uma concorrência total intra e extra-europeia, estabelecer controlos interiores de mercadorias ou pessoas, instaurar serviços públicos europeus e sobretudo ter uma política migratória restritiva. Mesmo se as opiniões públicas o decidissem, mesmo se o Parlamento de Estrasburgo balançasse ideologicamente, não seria absolutamente possível aplicar uma política diferente daquela dada pelas prescrições ideológicas e políticas da Constituição. Por exemplo, o regime económico está fixado de uma vez por todas, o que é não somente neo-totalitário mas paralisante para o futuro: de facto, fechamo-nos num sistema ( por exemplo o comércio livre total e a interdição de contingentes) que pode tornar-se ingovernável numa má conjuntura. Os analistas americanos esfregam as mãos em face deste último ponto, que paralisará o governo da União, eles que podem perfeitamente à sua vontade modificar o seu regime económico.
É de resto para estar bem seguro de que um Parlamento europeu que tivesse ideias contrárias à vulgata exprimida definitivamente pela Constituição não pudesse inflectir a política oficial que está prevista esta regra digna das ditaduras: O dito Parlamento não tem a iniciativa da lei! Este órgão «legislativo» não é mais que uma câmara de registo. Por sua vez, à Comissão e ao Conselho_ órgãos não eleitos_ são atribuídas competências legislativas. A separação de poderes não é respeitada.»
Guillaume Faye
38 Comentários:
Pois é amigo Rebatet, se há algumas semanas eu ainda pensava que este tratado constitucional seria importante para a construçao da Nação Europeia, desde á algum tempo que fui obrigado a repensar a minha posição, o que é normal, só os estúpidos não mudam de opinião (não confundir com ideias), e assim aqui estou eu a dizer um sonoro NÃO a esta constituição... a esta!
Um abraço identitário.
O paralelo soviético não é de todo despropositado.
Nação Europeia????
Porra!...
isso é que não.
Europa das Nações, sim.
Que tenho eu, português, que ver com um polaco, um grego ou um irlandês?
Somos vizinhos, mas não partilho a mesma casa com os vizinhos!
Viva Portugal!
Viva a Europa das Nações!
Abaixo toda e qualquer união europeia!
VP
A ideia de União Europeia perde todo o sentido a partir do momento em que pretende que povos da Europa com tradições díspares e muito enraizadas sejam governados de modo igual. A ideia de uma Constituição europeia é no mínimo absurda, uma vez que no meu entender só faz sentido falar de Constituição no seio de um Estado soberano - o que a UE não é. Posto isto, acho óbvio que qualquer português que se preze só pode votar NÃO no referendo, que pelos vistos se avizinha.
Cumprimentos.
Caros VP e Sofia, admira-me que voçês demosntrem uma aversão tão grande à Europa, mas talvez se deva ao desconhecimento da história da mesma, que remonta a mais de 30 mil anos.
»O que é que eu tenho que ver com um polaco, um grego ou um irlandês?» Certamente mais do que pensas, pois além da matriz etno-cultural ser a mesma, partilhamos geográficamente o mesmo continente à milénios, temos relações seculares com todos os povos da Europa, partilhamos a mesma raiz línguistica (o indo-europeus), todo um conjunto de valores que nos permite dizer que somos diferentes ramos da mesma árvore.
Imagina que quando os cruzados de toda a Europa vieram ajudara os portugueses na conquista de Lisboa, ele tivessem o teu raciocinio, ou seja, europeus, o que é isso? Camarada a Europa das nações é a Europa dos egoismos, dos ressentimentos, do "de espanha nã vem bom vento nem bom casamento", da guerra entre irmãos. A acrescentar a isso, como fazer frente aos blocos continentais emergentes? através do orgulhosamente só? A construção da Nação Europeia é um termo que utilizei mas de forma errónea, pois aNação europeia existe desde sempre, somente está fracçionada e necessita de homens de visão e coragem que lhe possam conferir um corpo político, júridico, militar e económico, uma União europeia onde se respeitem e preservem as identidades de todos os povos que compôem a Nação Europeia.
Quanto à nossa amiga Sofia claro que os nacionalistas irão dizer não a esta constituição, ou pelo menos alguns nacionalistas, pois os camaradas espanhóis do MSR votaram favorávelmente, mas não me deixa desurpreender quando falas de soberania. Acaso julgas Portugal um Estado soberano? Desilude-te minha cara, pois há muito que perdemos a soberania, e olha que não foi por causa de perdermos as colónias. Um Estado que não cunha moeda, cujas forças armadas não têm capacidade para defender o país, cujo governo é um satélite dos yankees, ~´a para não falar do sistema representativo que não permite ao povo realmente dirigir e decidir por si próprio, e tu falas de soberania?!
Aconselho-te, bem como ao VP, lerem um pouco mais sobre a história da Europa, posso até passar-vos os titulos de alguns livros, isto claro se o vosso nacionalismo rectangular e provinciano vos permitir alargar a vossa cultura histórica e política.
Um abraço!
MAGNA EUROPA EST PATRIA NOSTRA!
Caro Rebatet, Qual é a fonte deste artigo do Faye?
Caro João M.,
Eu sou europeísta, mas não da Europa centralizada em Bruxelas, e muito menos da Europa até Vladivostok.
Tenho tanta afinidade com os russos como tenho com os brancos americanos, sul-africanos, argentinos, chilenos ou australianos. Somos primos dessa gente de raíz europeia. Mas daí a uniões políticas...
O facto do caminho de Portugal a Vladivostok ser sempre terrestre não aumenta as minhas afinidades com eles. A distância continua a ser enorme. O desconhecimento mútuo é ainda maior. E não te esqueças que só se pode amar aquilo que se conhece.
Em relação à Europa ocidental, concedo uma convergência político-económica. Sou pelo fim da OTAN e pela realização de um exército europeu (mas sem abandonar os exércitos nacionais). Sou pelo espaço Shengen se e só se cada nação aderente se comprometer a salvaguardar as fronteiras com o espaço não-europeu. Sou pelo mercado único em algumas mercadorias e bens.
Dizes que Portugal já não é soberano. Sim, é claro que já não o é há muito tempo. Mas eu, como nacionalista, defendo um Portugal soberano, com políticos portugueses a mandar em Portugal e com verdadeira soberania popular.
Sou europeísta na medida em que defendo a integração de Portugal num lógica de CIVILIZAÇÃO EUROPEIA, que consistiria num comprimisso dos países da Europa Ocidental e Central em assegurar por todos os meios a nossa existência enquanto civilização, o nosso bem-estar e a nossa suficiência energética, alimentar e industrial.
Esqueci-me de dizer algumas coisas:
Um Império Europeu é o que o MSR defende. Discordo! Eu sou pelas nações, que são espaços priveligiados de liberdade, identidade e solidariedade.
Sou, por princípio, contra impérios. E essa Europa que defendes seria uma Europa imperial e centralizada. Gerir um espaço de proporções imperiais só seria possível através de uma ditadura férrea e de uma eliminação sistemática das particularidades nacionais. Foi isso que Roma tentou fazer. Foi isso que Portugal e Espanha tentaram fazer nos seus impérios. Foi isso que Napoleão tentou fazer. Foi isso que Franco tentou fazer à escala espanhola.
E os resultados disso tudo? Nunca foram bons...
Eu quero liberdades nacionais; não ditaduras imperiais.
«E essa Europa que defendes seria uma Europa imperial e centralizada.»
Não. Seria uma Europa descentralizada e comunitária - seria «feudal».
NC
Caro FilipeBS começo por dizer que o meu conceito de Europa não se limita a um convencionalismo geográfico que faz a europa terminar nos montes Urais. A Rússia, essa nação continente, é quanto a mim um dos possíveis bastiões europeus no combate pela sobrevivência da nossa civilização, e se os seus confins terminam em Vladyvostok a Europa termina ai. Por outro lado, os russos, como os povos do leste europeu, não são desconhecidos, pelo menos para mim, pois como já afirmei anteriormente, partilhamos a mesma génese etno-cultural, a indo-europeia. Basta reparar na facilidade em que os imigrantes de leste se integram na sociedade portuguesa, isso não se deve somente ao facto de serem brancos como nós. A matriz cultural é a mesma, comes com garfo e faca tanto em portugal como na finlândia ou na longíncua Rússia, o mesmo já não se passa com os marroquinos aqui tão próximos geográficamente, muito menos com os negros ou com os indios de chiapas.
Por outra parte, não considero os norte-americanos brancos, os argentinos, os neo-zelandeses como primos, mas antes como irmãos. Num período da nossa hist´ria, História da raça branca, hierarquizar os povos brancos entre primos, irmãos ou cunhados, será contribuir para o enfraquecimento desta mesma raça que no inicio do século XX representava 47% da popul. mundial, e hoje somente 12 a 10%. Isto é sintomático de que se persistirmos em nacinalismos estreitos o nosso destino está selado. O combate é tão importante aqui como em Orânia, Camberra ou Moscovo. O nacionalismo de corte liberal, resultante da revolução francesa de 1789, aquele que, conduziu aos ódios intra-europeus, que conduziu a duas guerras civis europeis no século transacto e que tem vingado até aos nossos dias, apenas contribui para a destruição acelarada daquilo que se pretende defender, a preservação das nações (não confundir com estados), das suas singularidades culturais, línguisticas, costumes e tradições, etc.
não posso de reparar que utilizas o termo Ocidental, se bem que me pareça que o faças em termos geográficos, todavia, é preciso evitar cair no engodo do ocidentalismo, por vezes confundido com a europa e seus interesses, o que não corresponde à verdade.
Quanto ao portugal soberano, é óbvio que também eu quero o nosso país governado por portuguese, mas num quadro mais alargado, particularmente numa confederação, onde o principio de subsidariadade fosse efectivamente aplicado, o que não acontece actualmente na presente UE.
Quanto ao Império, não me assuta nada, o Império de carlos Magno foi pioneiro no rspeito pelas identidades dos vários povos sob seu domínio. Em Espanha, até à chegada dos Bourbons, o império respeitava as demais nações, e mesmo durante o reinado dos filipes, a cultura portuguesa foi respeitada e protegida, particularmente por Filipe I de portugal, II de espanha, admirador do nosso camões.
«Um Império assente numa ditadura férrea», não creio que fosse necessário se todos os europeus deixassem de fazer o jogo dos yankees, que dividem para reinar, assim como dos pequenos nacionalismos divisores e cronológicamente antagónicos e tomassem consciência da sua identidade europeia, resultante de uma milenar origem comum.
Resta-me dizer que esta questão não se esgota num trocar de palavras num blog, por sinal bastante bom, mas que é salutar este tipo de debates dentro de um espírito de camaradagem. Contudo, para terminar quero dizer que devemos centrar-nos no essencial, naquilo em que convergimos, na concepção do mundo, deixando as questões doutrinárias e ideológicas para outra ocasião, embora as opiniões distintas estabeleçam uma dinâmica político-intelectual ao nosso meio, tão encravado em velhos clichés ultrapassados.
PS/ Estás a fazer bom trabalho!
Um abraço Identitário.
João M. -CAUSA IDENTITÁRIA-
Filipe, este artigo saiu na íntegra no nº 54 da «J'ai tout compris», este é apenas um excerto.
Cumprimentos a todos
Caro João M. não tenho qualquer aversão à Europa, nem a qualquer outro continente.
Agradeço a tua disponibilidade para me alargar o conhecimento, mas conheço bem a génese europeia. No entanto aceito qualquer sugestão bibliográfica que entendas fazer.
Apesar da matriz ser igual não se pode negar a diferença actual.
Bem sei que a soberania portuguesa está a ser perdida gradualmente e desde há largos anos. E não é primeiramente por nacionalismo que digo não à Constituição europeia, mas sim por não acreditar nesta construção desde Maastricht.
Acho que nada é irreversível a não ser a morte, por isso acredito que a qualquer momento se pode travar esta União e este referendo parece-me uma excelente altura para o fazer.
E quanto a pátria só tenho uma: Portugal. Sou portuguesa por nacionalidade e europeia por um circunstancialismo geográfico e não político.
Cumprimentos
Camarada Sofia, creio não ser saudável entrar em considerações do que é ou não diferente no seio da nação europeia (etimológicamente nação deriva do latim "nascita", significando aqueles que nasce no seio de um mesmo povo), dai eu concluir que se os europeus têm a mesma génese étnica, logo é legítimo designar-nos como uma nação. Mencionar diferenças intra-europeias como algo que impossibilita a convivência pacífica dos europeus no seio de uma estrutura supra-estatal, é no mínimo redutor, pois todos os estados europeus têm um conjunto de povos (nações) distintos entre si nos hábitos e costumes, como é o caso. a título de exemplo da França, da pequena Bélgica, ou mesmo da nossa vizinha Espanha, e contudo, e apesar das microscópicas diferenças, as semelhanças são incontornávelmente maiores.
Quanto à actual União Europeia, entidade que assenta apenas no primado economicista, obviamente é de rechaçar, mas se pensares bem, como poderás garantir a soberania nacional fora de um quadro europeu, coeso, forte, capaz de fazer frente aos americanos por um lado, eternos impulsionadores de uma europa dividida, (veja-se a diplomacia yankee a pressionar os estados europeus a aceitarem a Turquia na UE), e por outro o eterno inimigo islâmico, que uma vez mais ameaça a europa, não só pelo terrorismo, mas particularmente pela invasão populacional (olha a frança e a bélgica), cuja guerra dos ventres está a ser ganha por eles esmagadoramente, e claro a emergente China, cujo poderio é imenso. Quero eu dizer com isto que o mundo caminha a passos largos para a criação de Blocos Continentais, e que um Portugal, orgulhosamente só, mas soberano como dizes (o que é em realpolitik impossível), não passaria de uma presa fácil para qualque potência, algo que estamos completamente desprovidos desde há muito.
Pátria tens só uma, eu também, seria estranho se tivesse duas ou mais, mas essa pátria que falas é a pátria carnal, a europa que eu falo é a pátria ideal, uma europa em que as pátrias carnais sejam preservadas e mesmo promovidas as suas especificidades, algo perfeitamente conciliável.
Não obstante tenho de te dizer que és portuguesa porque és europeia e não o contrário, ou acaso crês que portugal só por acidente geográfico é europeu? Curiosamente os nossos nacionalistas de minho a timor, tipo ACR, Nuno Rogeiro, etc, tinham há uns bons anos por slogan "Portugal não é europeu!", dado a maior parte do território português não se encontrar na europa, emfim, que dizer quando se confunde desejos com realidades...
Camarada Sofia, creio não ser saudável entrar em considerações do que é ou não diferente no seio da nação europeia (etimológicamente nação deriva do latim "nascita", significando aqueles que nasce no seio de um mesmo povo), dai eu concluir que se os europeus têm a mesma génese étnica, logo é legítimo designar-nos como uma nação. Mencionar diferenças intra-europeias como algo que impossibilita a convivência pacífica dos europeus no seio de uma estrutura supra-estatal, é no mínimo redutor, pois todos os estados europeus têm um conjunto de povos (nações) distintos entre si nos hábitos e costumes, como é o caso. a título de exemplo da França, da pequena Bélgica, ou mesmo da nossa vizinha Espanha, e contudo, e apesar das microscópicas diferenças, as semelhanças são incontornávelmente maiores.
Quanto à actual União Europeia, entidade que assenta apenas no primado economicista, obviamente é de rechaçar, mas se pensares bem, como poderás garantir a soberania nacional fora de um quadro europeu, coeso, forte, capaz de fazer frente aos americanos por um lado, eternos impulsionadores de uma europa dividida, (veja-se a diplomacia yankee a pressionar os estados europeus a aceitarem a Turquia na UE), e por outro o eterno inimigo islâmico, que uma vez mais ameaça a europa, não só pelo terrorismo, mas particularmente pela invasão populacional (olha a frança e a bélgica), cuja guerra dos ventres está a ser ganha por eles esmagadoramente, e claro a emergente China, cujo poderio é imenso. Quero eu dizer com isto que o mundo caminha a passos largos para a criação de Blocos Continentais, e que um Portugal, orgulhosamente só, mas soberano como dizes (o que é em realpolitik impossível), não passaria de uma presa fácil para qualque potência, algo que estamos completamente desprovidos desde há muito.
Pátria tens só uma, eu também, seria estranho se tivesse duas ou mais, mas essa pátria que falas é a pátria carnal, a europa que eu falo é a pátria ideal, uma europa em que as pátrias carnais sejam preservadas e mesmo promovidas as suas especificidades, algo perfeitamente conciliável.
Não obstante tenho de te dizer que és portuguesa porque és europeia e não o contrário, ou acaso crês que portugal só por acidente geográfico é europeu? Curiosamente os nossos nacionalistas de minho a timor, tipo ACR, Nuno Rogeiro, etc, tinham há uns bons anos por slogan "Portugal não é europeu!", dado a maior parte do território português não se encontrar na europa, emfim, que dizer quando se confunde desejos com realidades...
Peço desculpa mas o acima redigido não é de nenhum anónimo, simplesmente carreguei onde não devia, mas continuando e para terminar, sim posso te aconselhar alguns livros caso ainda não os conheças, nomeadamente:
-Os Indo-Europeus, Jean Haudry, RésEditora
- As primeiras Civilizações Os Indo-Europeus e os semitas, Pierre Léveque, Edições 70
- Los Indoeuropeos, A. Romualdi, Ediciones del C.E.I.
- Histoire et tradition des européenes, Dominique Venner, Editions du Rocher
Claro que existem muitas mais obras para verificares a existência da nação europeia, como é o caso -Os Solstícios, pierre Vial, Hugin
- História da Europa pagâ, Nigel Pennick, publicações europa-américa, dois livros que demosntra a singularidade e comunhão de cultos dos europeus.
Sugiro a leitura de textos de Alain de Benoist, G. Faye, R. Stuekers, P. Krebs. J. Esparza, e um longo etc. poderás encontrar muitos textos destes autores na página Nueva Derecha.
Por fim resta-me aconselhar o sitio web da CAUSA IDENTITÁRIA.
VIVA PORTUGAL NUMA GRANDE EUROPA!
PS/ Em jeito de último remate, fiquei a pensar na tua frase «a matriz é igual mas não se pode negar a difernça actual», e pergunto-me se acaso consideras imcompatível a convivência harmoniosa entre portuguese de Miranda do Douro e algarvios de Algezur, dado as diferenças de costumes, hábitos e mesmo idimáticas serem patentes?. O que dizer dos açoreanos?
Vá, saudações identitárias!
PS/ quero esclarecer que as minhas opiniões não são necessáriamente as mesmas que as dos demais militantes da CAUSA IDENTITÁRIA, que não obstante é uma associação europeísta sem complexos.
Caro João M. começo por agradecer as indicações bibliográficas. Só conheço duas delas.
Quando digo que sou contra esta construção europeia, penso estar implícito que não me oponho a outra, noutros moldes, claro está.
Aceito a ideia da soberania nacional dentro de um quadro europeu como mencionas, mas no quadro actual, certamente concordarás que é impraticável essa ideia, porque esta "europa" é "americodependente".
Não defendo um Portugal orgulhosamente só, porque isso na conjuntura actual seria uma catástrofe económica e social, mas defendo um Portugal orgulhoso sim, um que não necessite de mendigar na Europa e que possa afirmar convictamente as suas opiniões e defender as suas políticas sectoriais (p. ex. nas pescas e na agricultura).
É certo que Portugal é geograficamente europeu e actualmente (e infelizmente) politicamente também.
Já que referes desejos, desejo um Portugal soberano e europeu sem ser o "parente pobre", com a dignidade que é nossa e enquanto Estado-membro de uma construção bem diferente desta que creio (e espero) está prestes a ruir.
Quanto às diferenças regionais, ok, mereci a provocação e compreedndo a comparação.
Acho que todos os portugueses devem saber o que significa "sertã", "cruzeta", "molete" ou "margalho" ou "bigorna" e outros regionalismos, mas o seu desconhecimento não impossibilita a conversação nem a convivência.
Sofia, creio que afinal não estamos tão discordantes como parecia inicialmente, creio ser bastante importante este tipo de debates para que todos possamos alargar os nossos horizontes políticos, por vezes demasiado agarrados a determinados chavões carunchentos, ultrapassados pela marcha dos acontecimentos, mesmo que não seja o nosso desejo. simplesmete temos de saber adaptar-nos aos tempos que correm, se bem que sem ceder no essencial; a defesa intransigente da identidade etno-cultural.
Mantém-te em linha. Cumprimentos Identitários!
"Quanto ao Império, não me assuta nada, o Império de carlos Magno foi pioneiro no respeito pelas identidades dos vários povos sob seu domínio"
Assinado por baixo
Legionário
Já agora não desvirtuam O Império Romano - subretudo o da visão de Marco Aurélio - Povos culturalmente e religiosamente livres mas irmãos
Tens razão em parte legionário, pois é sabido que os romanos impunham uma política hipócrita de liberdade, mas que gradualmente levava os povos sob dominio da águia imperial a aculturarem-se, aliás fenómeno que se dá em qualquer ocupação, seja militar (a dos romanos), seja populacional (a invasão actual da Europa), isto é, cultura, hábitos e costumes, são assimilados pelos povos que se deixam invadir. tem sido sempre assim, e nós não seremos excepção se continuarmos a ser invadidos e colonizados a este ritmo alucinante.
Amigo rebatet,considero que têm razão mas estou chateado consigo,por não ter assinado!!!olhe não tem e-mail?Precisava de lhe falar!!!!
Cumprimentos!!
Pantera o texto da petição tem de ser revisto, tem de ser bem elaborado e sem erros gramaticais, caso contrário não terá qualquer efeito, obviamente que eu assino uma petição mas tem de ser bem pensada. Qual é o teu nick no fórum-nacional? Eu mando-te o meu e-mail por mensagem privada no fórum.
O meu nick no fórum nacional????Eheehhehe...não sabes amigo??Advinha lá????
Francisco Louçã....este é o meu nick no fórum nacional....O melhor nick de lá!!!Não engana ninguém!!!
Cumprimentos!!
Caro João M.,
Em termos ideiais, na teoria e no abstracto, até posso dizer que concordo contigo. O problema é que, na realidade, há coisas que me parece impossíveis de concretizar.
Mas concordo que estas questões são para outros fóruns e outros tempos. Une-nos a urgência de salvar a nossa Identidade. Não há tempo a perder. Todos a puxar para o mesmo lado!
Um abraço nacional-identitário!
Camarada Filipe, acredito firmemente que onde há uma vontada há um caminho. Mas o que interessa, como bem dizes, é todos a puxar para o mesmo lado! Isto é, combater pelo essencial, pelas prioridades.
UM forte abraço!
Este é o eterno debate em que os identitários que seguem a vertente do europeísmo mais radical confundem a Europa das Nações com o Orgulhosamente Sós. Esses dois conceitos NÃO SÃO a mesma coisa. A Europa das Nações não é necessariamente a Europa dos egoismos: podem existir nações ALIADAS, com cooperação e estratégias comuns. O Sr. FilipeBS parece neste caso ter uma posição bem mais equilibrada e a menos utópica, com a qual concordo plenamente. Quanto a Vladivostok gostaria só de perguntar: porquê? Porque é uma colónia russa na Ásia no meio de um território desde sempre pertença de povos mongóis? Então por essa ordem de ideias também deveriamos incluir Cabo Verde e S. Tomé na Europa, não??? Vade retro! Vejamos: tal como Vladivostok, S. Tomé e cabo Verde ficam noutro continente. E, tal como Vladivostok foram ocupados por Europeus há vários séculos. Sejamos coerentes: Europa aos Europeus, África aos Africanos, Ásia aos Asiáticos. Nessa de a Europa se estender para lá dos Urais apenas faço a concessão de parte da Sibéria, por acaso numa vasta extensão, que antes de fazer parte do Império Russo era habitada apenas por meia dúzia de tribos nómadas, pelo que a presença russa aí desde há vários séculos poderá legitimar a sua pertença à Europa. E não me venham com o "ah e tal mas a Sibéria tem que ficar toda do nosso lado porque tem recursos". Isso é legitimar todo o imperialismo: a África portuguesa também tinha recursos e eu não a quero na Europa; O Iraque também tem recursos e eu não o quero na Europa. Fico-me por aqui.
Sem querer dar uma de anti-europeista, que não sou (mas também não quero ser mandado por um governo supra-europeu que não escolhi), queria dizer que não concordo com a comparação entre os portugueses do norte e do sul e dos Açores como paralelismo do que se passa na Europa. Um açoreano fala e escreve a mesma língua que eu, se falar devagar eu entendo-o. Um sueco ou um grego não! Por isos aliança entre irmãos europeus sim, mas não venham reduzir as nossas diferenças a meros regionalismos como aqueles que ocorrem dentro de cada língua ou etnia.
E se não for um açoreano das fregueias mais afastadas da ilha de S. Miguel nem precisa de falar devagar ahahahaha
Caro anónimo, realmente se não quer dar numa de anti-europeísta, no minimo deixa a a certeza que europeísta não é de todo. Ora o meu amigo refere que eu, enquanto identitário, represento o europeísmo mais radical.Mas concerteza! Se entendermos radical por fundamental, obviamente que o meu europeísmo é radical. Mais, o europeísmo que defendo é o europeísmo consequente, sem tibiezas e incertezas. Ou se é europeísta ou simplesmente não se é! Não há meio termo. Citando o comité central do MSR defendo a Unidade Europeia por «razões de três ordens: políticas, culturais e de futuro. políticamente, porque a construção de um grande espaço europeu pode ser a única oportunidade dos nossos povos para sobreviverem enquanto tais, com a sua identidade específica, num mundo que caminha acelaradamente para a globalização... Do ponto de vista cultural, porque a existência de uma especificidade europeia é um dado elementar da nossa situação no mundo. E de futuro, porque a União Europeia representa a materialização de um projecto de integração que devemos tentar que conclua com a unidade política, económica, social e militar dos nossos povos...».
Com respeito à Europa das Nações, remeto o meu amigo para a leitura do livro de Faye "Nouveau Discours a la Nation Européenne", em particular o capítulo "L'Europe des Nations: une ilusion?". Poupando o caro anónimo à leitura de francês ( o que lhe deve desagradar bastante, essa lingua tão imperceptível para nós, portugueses, como o marroquino), posso dizer-lhe que 1)a Europa das Nações não corresponde ás ameaças que os Blocos etno-civilizacionais emergentes apresentam. 2)a Europa das Nações seria uma benção para os norte-americanos, apostados no dividir para reinar, aliás como se viu na recente guerra do Iraque.
3) pelos seu reduzidos tamanhos geográficos e populacionais as nações europeias são incapazes de por si só fazer valer os seus interesses. Por fim resta-me dizer que a Europa das Nações, não passa de um eufemismo utilizado pelos "soberanistas"(qual soberania?) para se continuar a brincar aos Estados que fingem decidir isto ou aquilo, mas que na verdade já não decidem nada, reféns estão do FMI, OMC, Bilderberg, OTAN e Cº. Essa Europa poderia permitir construir Foguetões Arianne, ou outro género de cooperações, mas nas questões cruciais, chegada a hora os egoismos falariam mais alto, e o que representa o nosso egoismo perante o esgoismo alemão, francês ou russo. Emfim, teriamos um concerto das nações cujo o resultado seria uma sinfonia dissonante, sem maestro da orquestra, utilizando as sábias palavras de Faye.
Quanto a Vladivostok. Porque não? É que caso o meu amigo desconheça eaquela região é maioritáriamente habitada por russos brancos, europeus óbviamente, e falar de colonialismo russo até me assusta. é que desse modo os norte-americanos brancos, os boers. os neo-zelandeses brancos, os argentinos brancos e um longo etc de brancos por este mundo fora, como terríveis colonizadores foram e são têm de abandonar os respectivos territórios, não? Estimado anónimo, tal como referi num post precedente, a Europa termina nos Urais por um mero convencionalismo geográfico decidido por um tipo que de momento não me recordo o nome, e que foi comumente aceite, mas a fronteira étnica, essa prolonga-se pela sibéria adentro chegando a Vladivostok. Essa, a fronteira étnica, é a que me inporta, as delimitações geográficas, discutiveis por si só, são pelo homem criadas e por ele modificadas. Quanto aos recursos, os mais importantes são os humanos, e se não contarmos com a imensa e prolífica Rússia, no seu todo, estamos a amputar uma parte muito substancial da Europa. A turquia ocupa parte da Europa, mas a fronteira étnica impede os turcos de alguma vez poderem ser europeus de facto e de sangue, tal como o exemplo, infeliz, de Cabo verde, que não tem rigorosamente nada que o ligue à europa, se é que me entende.
É por isso que nós identitários damos tanta importância e empregamos recorrentemente a palavra etnia, muitas vezes esquecido pelos nacionalistas soberanistas, mais preocupados com o perigo castelhano... ou em lançarem-se noutra guerra das laranjas!
Em jeito de conclusão, aproveito para dizer que assumo integralmente o radicalismo europeísta, tendo em conta que radical deriva de radici, ou raizes, isto é, as raizes europeias de Portugal, matriz da nossa génese etno-cultural.
Saudações nacioanl-identitárias e europeias!
Caro João M.: Saiba antes de mais manter a calma, você adora dar a tacada agressiva e não sai dessa que quem não defende o seu modelo de identitarismo e de europeismo é necessariamente isolacionista e lá volta você com coisas tipo Guerra das Laranjas. Queria dizer-lhe que, em primeiro lugar, a corrente que você representa, e que eu respeito embora não subscreva a 100%, não tem o monopólio do europeísmo nem do identitarismo. Sim sou europeísta e identitário e não admito que disso se duvide, simplesmente não sou da sua linha europeista e identitária. Eu não falei (está bem claro no meu texto) em "vós, os identitários". Falei sim em vós, os da linha europeísta mais radical ou o que quer que lhe queira chamar (a palavra radical não é necessariamente pejorativa e não o quis insultar). Ainda sobre Vladivostok, trata-se de um colonato branco fora da Europa. Você fala-me nos brancos dos outros continentes e eu respondo-lhe com Guillaume Faye: pertencem a outros blocos. Não aceito colonatos nem territórios mongóis metidos na Europa, tal como não aceitaria territórios africanos (daí a referência a Cabo Verde). Ainda sobre os brancos dos outros continentes, então pela sua ordem de ideias, a Argentina passaria a ser Europa? Ou será que, tal como Faye refere e muito bem, faz parte de outro bloco? No que diz respeito ao prolongamento da Rússia até ao Pacífico, a diferença fundamental entre nós é que você quer incluir os povos mongóis do Kamchatka e dos Iacutos do norte da Ásia na Europa e eu não quero (nisso sou mais purista do que você).
Pode remeter-me para Faye, mas a opinião dele é a opinião dele. Concordo em muita coisa e discordo noutras.
Cito-o a si:
"1)a Europa das Nações não corresponde ás ameaças que os Blocos etno-civilizacionais emergentes apresentam."
Mas qual Europa das Nações? A do Manuel Monteiro ou a que o Sr. FilipeBS aqui defendeu e com a qual eu concordo? É evidente que Faye aqui se refere a uma certa direita conservadora europeia, que quer uma Europa das Nações interesseira e de alianças temporárias. Não é essa a mesma Europa das Nações de que falam muitos movimentos nacionalistas e a qual eu defendo. E se você acha que a Europa das Nações que eu defendo não é isenta de perigos, olhe que a sua também não é, até porque na altura em que conseguisse vencer a resistência dos povos europeus a um certo grau de uniformização que esse modelo implicaria já seria tarde demais. No plano identitário da sua linha, terá lido certamente um panfleto de bom recorte chamado "O Identitário" que há 2 anos circulava por aí. O subtítulo era em castelhano. Mas você já viu os seus amigos (espanhóis) do MSR fazerem um panfleto com o subtítulo em português? Está a ver onde quero chegar, não está? Para que o seu modelo fosse avante seria preciso reeducar gerações inteiras de Europeus, coisa que demoraria demasiado e que nem sequer é desejável quando existem outras formas menos utópicas (e mais respeitadoras do direito à liberdade dos povos) de, juntos, fazermos frente aos inimigos comuns.
Sobre a sua análise (correcta) de estarmos nas mãos dos Bilderbergers, etc, digo-lhe que a soberania é recuperável, tal como disse a Sofia só não há remédio para a morte e que uma Europa como você defende também pode ficar nas mãos desses mesmos grupos, pois aliás a própria maçonaria sonha com uma Europa com constituição comum desde há muito e grão a grão...
O problema é da corja que nos desgoverna e não do modelo em si. Remeto-o para o texto do Sr. FilipeBS e não vejo o que isso tem de desunificador dos povos europeus no essencial.
Antes de terminar, peço-lhe apenas que evite as palavras que procuram dividir os identitários dos soberanistas e sobretudo daquelas que procuram confundir os soberanistas com os atlantistas, ou que pretendem apresentar os soberanistas como sendo necessariamente promotores de guerras entre os europeus. São coisas diferentes e você sabe-o. Claro está que um identitário pode ser soberanista, mas jamais poderá ser atlantista. Uso aqui a expressão identitário no sentido lato que ela tem e deveria ter e não no sentido restrito dos seguidores mais convictos das teses de Guillaume Faye. E uso a expressão soberanista no sentido de defensor de uma aliança entre europeus que não implique necessariamente a fusão da Europa num só estado. Gosto muito do Dia de Portugal, mas as datas em que vibro mais são as das batalhas de Ourique e de Navas de Tolosa, se é que me faço entender. Mas receio que se a sua vertente mandasse, a batalha de Ourique ou pelo menos a de S. Mamede fossem quase proscritas e isso não posso aceitar. Que se festeje ambas (as de âmbito nacional, sobretudo as contra a moirama, e as de âmbito europeu) com igual fervor e aí sim, estarei de acordo. Não me obriguem a ser menos português para ser europeu, porque eu já sou orgulhosamente europeu ao ser orgulhosamente português. Quanto às línguas, com um pouco de boa vontade entenderá que um ribatejano e um açoreano têm mais em comum do que um ribatejano e um sueco, pelo que a diferença entre europeus não é tão ténue como a diferença entre portugueses (o que não quer dizer que os suecos não sejam nossos irmãos europeus). Penso que é inconciliável aquilo que nos separa em termos de solução futura para a Europa e de expansão até ao Pacífico (que eu aceitaria se fosse até um pouco mais de metade da Sibéria, por questões que já expliquei no outro post e neste). Já vincámos bem as nossas posições e não vou estar a perder tempo a discutir mais isto consigo ou com outros porque a hora agora não é de questões académicas mas sim de cerrarmos fileiras para salvarmos a pele de Portugal e da Europa e, se o conseguirmos fazer, depois logo resolveremos as nossas questões académicas. Por isso a hora é de união e não de ataque àqueles que também querem participar na defesa da nossa Nação portuguesa e, desde logo, conscientemente ou não, da nossa Europa.
Faltou a despedida:
Saudações, Sr. João M.
Excelente debate sobre o movimento nacionalista e a sua corrente identitária em particular, estou a ver que tenho de publicar textos do Faye com maior frequência :)
Seria possível o anónimo que tem debatido com o João identificar-se?
Seja como for, mais uma vez digo, excelentes intervenções.
«Quanto ao Império, não me assuta nada, o Império de carlos Magno foi pioneiro no rspeito pelas identidades dos vários povos sob seu domínio.»
Olha que não, camarada. Carlos Magno oprimiu abjectamente os Saxões.
O Império é sempre mais mau do que bom, mesmo que alcance as suas glórias.
Camarada anónimo, não se impressione com as minhas palavras ou como as emprego, a calma é soberana por estes lados. E claro que não me senti insultado por ser designado de identitário radical, muito pelo contrário, é um elogio que me honra.
Ainda quanto a Vladivostok, bom o que fazer? Na sua opinião sendo um colonato russo talvez seja melhor fazer uma exemplar descolonização!
Se a Rússia fizer um dia parte desta UE, ou de outra pela qual luto, o que fazer com a parte oriental da Rússia? abandonar a mesma aos mongóis como voçê lhes chama? Acha isso realista, ou sequer sério dizer que Vladivostok é um colonato?
De facto referi Faye inumeras vezes, o qual parece o meu amigo conhecer, se bem que ainda lhe falte na sua biblioteca a obra«Coup d'etat mondial» do dito autor, na qual ele ultapassa o conceito Eurosiberiano (Lisboa a Vladivostok, conceito defendido desde a organização JOVREM EUROPA de Jean Thiriart, nos anos 60), para passar a defender a união dos povos do Septentrião, isto é, os povos europeus e os oriundos da Europa, ou seja, a união dos brancos de todo o mundo, frente à ameaça de extinção que pesa sobre os mesmos. Tese que eu subscrevo inteiramente. Ora como vê não é mais purista do que eu, embora não estejamos num concurso de medição de graus de pureza. Esta tese é realmente utópica, dado a expressão insignificante que representam os movimentos racialistas no mundo branco, cuja mensagem não atrai os respectivos povos, os quais julgam ser um falso alarmismo. Mas a verdade é que em 1900 eramos, os brancos, 47% da populção mundial e hoje não devemos passar de 12%. Ainda que sendo utópica, esta tese, tal como a de Lisboa a Vladivostok, não deixam ser verdadeiras e as mais acertadas. Não são as mais viáveis porque as reticências, os temerosos nas suas eternas icertezas e dúvidas não deixam.
Quanto à questão da Europa das Nações, diz que o modelo que eu defendo seria tão ou mais suceptível de enferentar perigos, nomeadamente o da resistência dos povos à uniformização. Não creio honestamente que assim fosse, porque nesta União Europeia que defendo, a qual implica um processo de gradual mentalização dos povos europeus para a necessidade dessa mesma união, teria haver uma cedência voluntária de certos egoismos nacionais. Agora dizer que esta formula não respeita a liberdade dos povos é no mínimo ridiculo, porque a liberdade só existe se houver força, potência, para a defender, o que de resto o seu modelo não garante, dado que alianças são sempre circunstânciais e efémeras. Concluo que o seu modelo europeu não difere muito desta europa, (sem tratado constitucional claro!), assente em postulados económicos e de cooperação militar quando convém, como foi o caso da crise europeia provocada pela invasão do Iraque. Enquanto ficarmos pela europa das pátrias, ou das nações, está-se a servir a Europa que convém aos EUA e demais inimigos da Europa!
Sobre o boletim que referiu, «Identitário», cujo o sub-titulo era em português e castelhano, no primeiro número, mas que se voltar a dar uma vista de olhos, caso não tenha deitado para o lixo dito boletim, a mesma frase encimava todas as páginas em diversas línguas europeias, demosntrando o carácter europeísta da publicação. Posso referir-lhe que o MSR (os meus amigos como diz, e pode crer que o são de facto, ao contrário de certos portuguese dos quais duvido, embora espero que não seja o seu caso), não tem nenhuma publicação com sub-titulo em português, mas não há muito tempo Llopart (líder do MSR),com portugueses, francesês, romenos, italianos, etc, produzia uma revista multi-lingue, muito boa diga-se de passagem, intitulada «Revolução Europeia», a qual não deve ser do seu conhecimento por suposto.
Longe de mim querer dividir o mei nacionalista entre identitários e soberanistas, parece-me que não leu com atenção os meus anteriores comentários, nos quais faço vincar que o importante é todos, sem excepção, centrar-nos no essencial, e que as opiniões por mim expressas não reflectem necessáriamente as da Causa Identitária, associação a que pertenço. Mais, é quase insultuosa a sua afirmação, dado que quem se tem batido aqui pela União sou eu, se é que me faço entender.
Com respeito ás Batalhas de Ourique, S.Mamede ou Navas de Tolosa, claro que são eventos memoráveis, nem que seja pelo seu carácter agonal que muito me diz, embora sejam também do meu agrado as batalhas de Lepanto, Maratona, Matapão e um longo etc. Já as batalhas de Alcântara, Dunquerque ou de Estalinegrado entristecem-me, não sou muito dado a desavenças familiares. Porém, não compreendo de onde foi tirar essa ideia de que alguém, ou mesmo eu, o queira proíbir de festejar essas batalhas. Não me parece que isso faça parte de nenhum mandamento identitário, mesmo radical, até pelo contrário.
Subscrevo as sua palavras finais, o que aliás venho dizendo desde o inicio desdte debate. A hora é de convergir esforços no combate pelo nosso povo, os modelos para o futuro podem e devem ser discutidos, mas o importante é saber quais são as prioridades, e essas ambos sabemos quais são. Um bem haja para ti camarada!
PS/ Caturo, sim, Carlos magno foi mauzinho para os saxões devido a questões religiosas, dado que os pagãos não queriam aceitar a palavra do Senhor. É por isso que os identitários são aconfessionais, desde que uma religião não atente contra os valores nacionais e europeus, como é o caso do islamismo. Um abraço!
Caro João M.:
"Se a Rússia fizer um dia parte desta UE, ou de outra pela qual luto, o que fazer com a parte oriental da Rússia?"
Aceito que Vladivostok possa fazer parte de uma comunidade universal branca, mas não quero incluir os mongóis do Kamchatka e dos Iacutos na Europa, visto serem povos de âmbito claramente asiático. Quanto a Vladivostok, ou se descoloniza ou passa a ser uma coisa tipo Ilhas Canárias. Mas isto é apenas a minha opinião.
Sobre Faye, desconhecia de facto que ele ultrapassara já o conceito euro-siberiano, reconheço.
"Esta tese é realmente utópica, dado a expressão insignificante que representam os movimentos racialistas no mundo branco,"
Bom, João, a questão para mim não é tanto ser utópica, pois a queda do czarismo também se afigurava utópica 20 anos antes da revolução bolchevista. O que eu digo é que a nossa Europa tem uma especificidade de povos e mentalidades arreigadas muito própria, que é parte da sua riqueza e que pode ser congregada num novo modelo, algures entre o Europeísmo mais radical e o soberanismo proposto por uma certa Direita conservadora (Monteiro, etc), incarnada naquilo que o Sr. Filipe BS aqui defendeu, que está longe de ser a das costas voltadas e a do interesseirismo que pautam o soberanismo de manuéis monteiros e quejandos.
"Mas a verdade é que em 1900 eramos, os brancos, 47% da populção mundial e hoje não devemos passar de 12%."
Sim, a exploração que o capitalismo selvagem faz do Homem tem-se feito sentir especialmente na Europa, o que tem levado a que se tenha menos filhos e cada vez menos sãos, ao que acresce a desgraça das duas guerras fraticidas de 14-18 e 39-45. Há que inverter isso, quanto mais não fosse porque (esta é para os que têm a mania de apregoar a tolerância) tradicionalmente os africanos, os muçulmanos e os orientais não são tão tolerantes com as minorias como nós temos sido e qualquer dia os nossos filhos arriscam-se a viver sob a intolerância de povos como os africanos, os chineses ou os islâmicos. Retomando o fio da nossa conversa, isso é de facto um grave problema, mas para unir os europeus ou os setentrionais que refere, há que arranjar um modelo que os congregue sem desconfianças.
"Agora dizer que esta formula não respeita a liberdade dos povos é no mínimo ridiculo"
Se pretende respeitá-la, folgo em sabê-lo. Mas há "nacionalistas" das correntes europeistas mais radicais que defendem coisas do género "amálgama total dos povos europeus", uma espécie de globalização total inter-europeia e cheguei a pensar que o João fosse dessa corrente. O meu primeiro contacto com o Europeísmo nos meios nacionalistas foi com um sujeito desses e confesso que a minha impressão foi péssima.
Sobre os nossos modelos, temos opiniões divergentes sobre o que garante melhor a sobrevivência, mas por agora são questões de pormenor que pouco interessam, como vejo que também defendes.
"Concluo que o seu modelo europeu não difere muito desta europa, (sem tratado constitucional claro!), assente em postulados económicos e de cooperação militar quando convém,"
Vai mais além, João. Essa Europa é a do mero interesseirismo de circunstância, demasiado economicista para o meu gosto.
Sobre o boletim «Identitário» e a publicação do MSR: desconhecia aquilo que referes, mas saúdo ambas as situações.
"Longe de mim querer dividir o mei nacionalista entre identitários e soberanistas,"
OK, já deixaste isso bem claro e ainda bem. Às vezes somos levados por emoções do momento e ainda bem que depois tudo se esclarece.
"Com respeito ás Batalhas de Ourique, S.Mamede ou Navas de Tolosa, claro que são eventos memoráveis, nem que seja pelo seu carácter agonal que muito me diz, embora sejam também do meu agrado as batalhas de Lepanto, Maratona, Matapão e um longo etc."
Hehehe do meu também!
"Porém, não compreendo de onde foi tirar essa ideia de que alguém, ou mesmo eu, o queira proíbir de festejar essas batalhas."
Referia-me a S. Mamede. Já o ouvi, da boca de um europeísta mais radical (que já aqui referi), não me estava a referir a ti pessoalmente. Segundo ele, não se tratava de proibir, mas sim "votar ao esquecimento". Eu acho que, além de S. Mamede ser importante para nós enquanto povo (Ourique diz-me mais, note-se), compreendo que se festeje as vitórias sobre os Espanhóis porque foram sempre eles que nos invadiram e são eles que têm que dar o 1º passo e deixar de olhar para Portugal como um território que devia ser deles. Se nós abdicamos disso em nome de uma Europa comum, eles, com a mentalidade muito mais tacanha do que a nossa que grassa no Nacionalismo deles (e não só no Nacionalismo), agradecem e absorvem-nos. Não é certamente esse o caso do Llopart, mas não direi o mesmo relativamente à Falange e a um ou outro sector mais idoso da DN (a minha principal referência em termos de Espanha apesar da forma vergonhosa como foram lá feitas certas remodelações, que não cabe aqui agora esmiuçar - quanto ao MSR não gostei que fossem a favor da Constituição Europeia e não gosto também de algumas vertentes do seu pensamento, que poderão descambar numa coisa demasiado socialista para o meu gosto, mas mesmo assim prefiro o MSR àquilo em que a Falange se converteu).
João, o teu nome e forma de pensar (a qual agora já consigo situar melhor) começam a lembrar-me um excelente camarada que dificilmente poderás ser tu, pois esse camarada, onde infelizmente se encontra, não tem acesso fácil à Internet. A menos que tenha havido um milagre, e sejas mesmo tu, o que muito me agradaria.
Voltaremos a falar, quando a situação em que me encontro me permitir e eu puder voltar à net, à qual não tenho acesso regular.
Rebatet não posso assinar com o meu nome, porque não tenho identidade registada no blogger e depois qualquer anónimo poderia fazer-se passar por mim. Espero em breve ter o prazer de te conhecer, a ti e ao João M. (se é que não o conheço já). Aproveito para deixar um grande abraço a ambos e os parabéns a ti, Rebatet, pelo teu magnífico blogue e nível com que escreves e expões as tuas ideias. Voltarei à acção logo que possível, espero que em breve. Às vezes a vida prega partidas e obriga-nos a pausas forçadas no activismo. O pior já passou e espero que a pausa não se prolongue por muito mais.
Saudações a ambos, então!
Sim, sou esse mesmo João que pensas. Não sei com quem estou a trocar ideias, ocorem-me algumas pessoas, todavia espero que possas em breve revelar, nem que seja de forma que só nós possamos entender, a tua identidade. Quanto ao resto, chego à conclusão que na realidade não divergimos substâncialmente nas opiniões. Foi um extraórdinário debate de ideias, sobre uma questão crucial, sendo que o nosso amigo Rebatet está de parabéns pelo magnífico trabalho que vem realizando.
Um abraço de camaradagem!
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