Reflexões falangistas
«O fascismo nasceu para inspirar uma fé não de Direita ( que no limite aspira a conservar tudo, inclusive a injustiça) nem de Esquerda( que no limite aspira a destruir tudo, até o bem), mas uma fé colectiva, integral, nacional.»(José António Primo de Rivera)
A 20 de Novembro de 1936 tombava José António Primo de Rivera, executado pela “corja”.Fundador e líder da mítica “Falange”, José António, o mártir de Alicante, é talvez a figura mais emblemática do nacionalismo espanhol do século XX.A sua vida foi um exemplo de dedicação à Pátria, de honra e de coragem, um caso raro de abnegação, de desprendimento de si para servir valores mais altos. Tinha 33 anos por altura do seu fuzilamento. Morreu naquela idade em que os homens já podem ser grandes mas em que ainda não estão na altura de serem tolhidos pelo cinismo ou desencanto, na idade em que o sonho ainda é perseguido com entusiasmo mas em que este já está firmado na vida vivida, dando-lhe perante os outros a força da “possibilidade”.
José António repudiava a democracia liberal e todos os marxismos. Na primeira e nos segundos descobria igualmente a hipocrisia, a mentira, o desagregar da sociedade, a queda de Espanha e da Europa. Na democracia liberal via um regime que degeneraria num eleitoralismo decadente, numa partidarite que usaria o parlamento para a defesa de interesses de classes ou grupos, uma democracia que não conheceria ou respeitaria limites, um monstro incontrolável e com vida própria.
Nos marxismos encontrava a expressão máxima da negação do homem:” a absorção do homem numa massa amorfa (…)somos anti-marxistas porque nos horroriza, como horroriza a todo o ocidental, a todo o cristão, a todo o europeu, patrão ou proletário, isto de ser como um animal num formigueiro”
José António fez a defesa de um regime orgânico, que rejeita a ideia de ser a nação um simples aglomerado de indivíduos iguais, fruto das vontades, disposições de cada um, mas antes uma realidade histórica para lá do indivíduo, um espaço onde o homem encontra um sentido real e um lugar que o transporta para além do presente, do momento imediato, que lhe permite uma liberdade pela assumpção de um propósito, um objectivo que o transcende particularmente. Trata-se de uma ligação ao exterior do indivíduo, coisas sem as quais a palavra liberdade não faz sentido, transformada que fica num mero devaneio errático de egoísmo estéril.
A nação surge assim para José António Primo de Rivera como o objecto que dá sentido à liberdade individual, objecto no qual se realiza e se completa o homem, dando-lhe uma percepção de missão que ultrapassa o pequeno quotidiano das estreitas relações laborais. Um regime orgânico, onde a família, o município e o sindicato representam as instituições que, complementando-se, dariam harmonia ao corpo integral chamado nação, sendo o Estado o seu instrumento natural de actuação.
A família como espaço de realização íntima do homem, campo de concretização dos afectos, essência da natureza humana, a família como a instituição que sustém a colectividade natural. O sindicato como instituição que liga o homem na sua vida laboral à nação, que une a realização profissional aos interesses da pátria. O município como instrumento jurídico intermédio que liga politicamente o homem à comunidade local e esta à nação. Complementares , partes coerentes e proporcionadas de um todo, a pátria!
Nas suas palavras:” A nação é uma unidade completa ,onde todos os indivíduos e classes estão integrados. A nação é uma síntese transcendente e individual com fins próprios para atingir.”
E a justiça social, “pão e justiça”, sempre presentes no seu ideário, porque se o homem apenas pode alcançar a plena realização servindo a nação esta perde o propósito se não retribuir aos seus filhos esse amor, essa lealdade; pão e justiça!
“Se o comunismo põe um fim a muitas coisas boas, como as ligações familiares e o sentimento nacional, se não proporciona nem pão nem liberdade e torna-nos subservientes em relação a um país estrangeiro, o que há a fazer? Não nos resignaremos à continuação do regime capitalista. Uma coisa é hoje dolorosamente óbvia: A crise do sistema capitalista e as suas devastadoras consequências que o comunismo nada faz para atenuar. O que há então a fazer? Estamos num beco sem saída? Não há maneira de aplacar a fome das massas por pão e justiça? Temos de escolher entre o desespero do regime burguês e a escravidão da Rússia? (…) Nem Direita nem Esquerda! Nem comunismo nem capitalismo! Um regime nacional.”
Se as ideias de José António Primo de Rivera devem ser analisadas à luz da época, o seu exemplo de vida não conhece as fronteiras do tempo, bem como os valores que o guiaram em vida, talvez hoje mais que nunca. Recordar é importante, não só para poder construir o futuro mas também porque a “corja” vive dos nossos esquecimentos, apaga memórias, destrói e reconstrói a História.
11 Comentários:
Excelente entrada.
José Antonio Primo de Rivera...¡Presente!
Reflexões imortais.
Um Homem com uma formação moral exemplar. Ao contrário de outros camaradas como Ledesma, ele tinha para dar, literalmente no sentido material, por isso não era uma espécie de Zé do Telhado lá do sítio…
Quando camaradas morriam diariamente assassinados pelas cobardes balas de socialistas e comunistas (que contratavam pistoleiros) e pelas tolas bombas dos anarquistas, José António sempre susteve a vingança irreflectida, sendo acusado pelos seus...diziam – Mas nós somos Fascistas ou Franciscanistas!?
Homem de coragem que saiu do seu carro de pistola em riste perseguindo a canalha que tentara contra a sua vida.
Entregou o seu sobretudo, a um dos seus carrascos que para ele olhava invejoso, segundos antes de morrer assassinado por um pelotão de fuzilamento.
SÓ DÁ QUEM TEM PARA DAR!
José António…deu tudo.
Não foste um homem de Espanha (quem me dera que fosses português), és um Homem do Alto e no Alto permaneces.
Ao som do - Eu tinha um camarada, de braço ao alto
Penso em ti
JOSÈ ANTÓNIO PRIMO DE RIVERA
PRESENTE!
Legionário
Mais um belo postal do Rebatet.
José António foi o Homem que melhor fez, no século XX, a síntese entre Tradição e Revolução, através do seu elevado exemplo de Pensamento e Acção.
José António Primo de Rivera - Presente!
\o
Gracias" a todos:)
Legionário, que belo texto!
E grande análise do Mendo, vou tomar emprestada a ideia e publicá-la no blog do Pedro já que estavamos precisamente a debater essa questão.
Rebatet, eres un Tio Cojonudo.
Digno de um sonoro e vigoroso "Cara al sol, con la camisa neuva, que tu bordaste a rojo ayer...".
Muito bem amigo Rebatet.
PS/ Não nos esqueçamos de Ramiro Ledesma Ramos e de Onésimo Redondo, também eles grandes símbolos do Nacional-Sindicalismo do país irmão.
José Antonio está siendo más homenajeado en la blogosfera lusa que en la española. España, madrastra de sus propios hijos.
É interessante, meus camaradas.
Como os pensamentos não mudam.
As lutas nunca se dão por acabadas.
Será que regredimos? Por favor, acudam!
Até parece que, dolorosamente, regredimos no tempo.
Pois está a ser cada vez mais difícil amar.
Sobreviver, enfim... ganhar o nosso sustento.
Resta-nos aos camaradas e á pátria dedicar.
Existiram muitas pessoas que deram a sua vida.
Não por guerras sujas, mas por algo superior.
Sempre tiveram a forte e honrosa atitude devida.
Não se deixaram subjugar ao abundante terror.
Não se fala desses milhões de heróis.
Porque a História “reza” os vencedores, e não os vencidos.
Não puderam morrer de velhice, nos lençóis.
E mais!, inventaram, perpetuando os seus horrores cometidos.
Não deixem que se continue a serem agredidos.
Maltratando e alterando a verdade da história.
Não deixem as suas almas nas mãos dos nossos inimigos.
Para alimentar o poder e a podridão da escória.
Porque é que, pensamentos, críticas sociais e políticas, opiniões, etc., algumas mais de 60 anos, continuam bem no activo e encaixam-se precisamente na nossa vida quotidiana?
Estamos na era da Tecnologia, da Liberdade(não será liberdade a mais?), então, como é possível tais atrocidades acontecerem?
Boa noite camaradas, só consigo dormir, porque a pátria é a minha religião.
Excelente!
Um verdadeiro homem!
O anti-verme por excelência!
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