O Papa já não mora aqui - Itinerário da resistência católica
Um dos fenómenos mais surpreendentes do catolicismo das últimas décadas é a crescente proliferação de grupos católicos em aberta resitência ao espírito conciliar que se apoderou da Igreja a partir de 1962. Isto não significa que antes de 1962 não existiam modernistas na Igreja mas o magistério dos Papas e dos Concílios fazia ouvir fortemente a voz de Cristo e não permitia que esta fosse adulterada. Mas, lamentavelmente, o Cavalo de Tróia do modernismo infiltrou-se na Cidade de Deus depois da morte do Papa Pio X, no ano de 1914.Em 1958 subiu ao trono pontífice o Papa João XXIII. A partir dele todos os Papas atenuaram ou directamente desfiguraram a doutrina de Cristo para torná-la mais agradável aos ouvidos do mundo moderno. Agora a Igreja reconciliou-se com o liberalismo e silenciou as suas críticas ao comunismo. E para reconciliar-se com os protestantes reformou a Missa e os Sacramentos, e a doutrina católica sobre eles atenuou-se e em alguns casos silenciou-se e deformou-se.
Frente a esta revolução dentro da Igreja dirigida por Roma, iniciou-se uma resistência a partir de várias frentes, nem sempre compatíveis entre si.
Não vamos mencionar os grupos que elegeram o seu próprio papa porque são intentos pouco sérios e de carácter simplesmente cismático. Vamos mencionar os grupos que nos parecem bem fundados:
1- O Sedevacantismo
Esta postura defende que a Sé Romana está actualmente em vacatura. Por isso os Papas conciliares são intrusos já que por serem hereges estão depostos. Mas a crítica que lhe podemos fazer é que o único que pode decretar a heresia formal de um indivíduo católico é o seu superior hierárquico. No caso do Papa o seu superior hierárquico é Jesus Cristo, pois o papa é o vigário de Cristo e cabeça visível da Igreja. Lamentavelmente não ocorreu a intervenção milagrosa de Jesus Cristo e por algum misterioso desígnio divino foi permitido que as autoridades da Igreja continuassem o seu labor destruidor.
Um dos grupos sedevacantistas mais antigos e inteligentes é o que se congrega em torno da revista alemã Einsicht, fundada por Eberhard Heller em 1971.Em 1981 lograram convencer monsenhor Ngo-Dinh-Thuc (1897-1984) para que consagrasse alguns sacerdotes como bispos e assim pudesse salvar a sucessão apostólica E em 1982 monsenhor Thuc fez uma declaração pública em que terminava dizendo:” É por isso que, na minha qualidade de bispo da Igreja Católica Romana, julgo que a Sede da Igreja Católica em Roma está vaga e que é meu deve, enquanto bispo, fazer todo o possível para que a Igreja Católca Romana perdure com vista à salvação eterna das almas”.
Outro grupo muito bem organizado e com muitos fiéis é a União Sacerdotal Trento do México, que é dirigida por monsenhor Martín Dávila, consagrado Bispo em 1999 por monsenhor Mark Pivarunas(bispo da linhagem de Thuc).
Finalmente mencionaremos a Congregação Imaculada Rainha Maria dos Estados Unidos, dirigida por monsenhor Mark Pivarunas, consagrado bispo em 1991 por monsenhor Moisés Carmona( consagrado bispo por monsenhor Thuc em 1981).
Um personagem polémico e acutilante que não se pode deixar de mencionar é o destacado intelectual argentino Carlos Disandro(1918-1994) que se notabilizou por denunciar, sem meias medidas, tanto a igreja conciliar como o tradicionalismo barroco dos lefebvristas .O seu combate é pelo regresso ao catolicismo platónico dos Padres gregos.
Um dado curioso é que Rama Coomaraswamy , filho do célebre discípulo de Guénon, Ananda Coomaraswamy, é um fiel seguidor do sedevacantismo e foi ordenado sacerdote..
2-A tese de Cassiciacum
Esta postura defende que o Papa, desde 1965, já não está divinamente assistido e, por isso, já não é seguro o seu ensinamento. Mas não foi deposto pelo que ocupa materialmente o Trono Apostólico. Temos Papa, mas este não tem a autoridade que possuíam os anteriores, podemos resistir-lhe porque pela sua boca já não fala Cristo.
O primeiro teórico desta postura foi monsenhor Michel Guerad des Lauriers( 1898-1988) da Ordem dos Predicadores. Este sacerdote foi o que redigiu o célebre Breve Examen, crítico da Novus Ordo Missae(1969), que foi a primeira crítica sistemática à nova missa. Depois, na revista francesa Cahiers de Cassiciacum, escreveu a sua tese, que já explicámos no parágrafo anterior. Em 1981 foi consagrado bispo por monsenhor Thuc.
Actualmente um dos grupos mais activos que defendem esta postura é o Instituto Mater Boni Consilii, fundado em 1985 por um grupo de sacerdotes italianos expulsos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Têm uma revista, inteligente e combativa, chamada “Sodalitium”.
Outro grupo importante e muito vinculado ao anterior é o “Restauração Católica”. Teve origem num grupo de sacerdotes dos Estados Unidos, expulsos em 1983 da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Em 1993 foi consagrado como bispo monsenhor Daniel Dolan por parte de monsenhor Mark Pivarunas.
3-Lefebvrismo
Esta postura afirma que os Papas conciliares são plenamente Papas mas estão contaminados pela heresia liberal, por isto a Igreja está em estado de necessidade, pelo que os bispos e sacerdotes da resistência têm jurisdição supletiva entregue pela Igreja e não pelo Papa. Inclusive atreveram-se a fundar tribunais para julgar a nulidade matrimonial. Isto foi firmemente questionado por vários sacerdotes e fiéis católicos que fizeram ver que o poder de julgar corresponde a um direito intrinsecamente vinculado ao Supremo Pontífice. Frente a uma sentença injusta dos tribunais papais só tem lugar a resistência, não a criação de tribunais paralelos que não têm mandato papal.
O lugar de honra nesta vasta acção de resistência corresponde sem dúvida a dois bispos católicos: O arcebispo francês monsenhor Marcel Lefebvre (1905-1991) e o bispo brasileiro António de Castro Mayer(1904-1991). Já em pleno Concílio Vaticano II(1962-1965) opuseram tenaz resistência ao modernismo triunfante. No ano de 1970 monsenhor Lefebvre fundou a Fraternidade Sacerdotal São PIO X na Suiça, e em 1976 é suspenso “a divinis” pelo Papa PauloVI. Finalmente é excomungado em 1988, juntamente com monsenhor Mayer, pelo Papa João Paulo II, por consagrar quatro bispos sem sua autorização. Para entender a visão de monsenhor Lefebvre gostaríamos de citar dois parágrafos da sua célebre Declaração de 1974:
“Aderimos de todo o coração, com toda a alma à Roma Católica, guardiã da Fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa Fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.
Em troca recusamos, como nos recusámos sempre, a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante, que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II e, depois do Concílio, em todas as reformas que dele surgiram.”
A Fraternidade São Pio X está repartida por todos os continentes mas é particularmente forte na França, Suiça, Alemanha, Estados Unidos e Argentina. Conta com quatro bispos e aproximadamente quatrocentos sacerdotes, além de religiosos e religiosas que os ajudam nas suas tarefas quotidianas.
Existe também a Irmandade Sacerdotal São João Maria Vianney, que está no Brasil e foi fundada por monsenhor Mayer. Contam também com mosteiros beneditinos no Brasil , Estados Unidos e França ; um convento dominicano em França e um convento capuchinho, também em França. Os dominicanos editam a melhor revista teológica Lefebvrista: ”Le sel de la Terre”
4-Ecclesia Dei
Esta posição nasceu em 1988, logo que depois das consagrações episcopais feitas por monsenhor Lefebvre, o Papa João Paulo II escreveu a carta apostólica Ecclesia Dei afirmando que monsenhor Lefebvre e os bispos por ele consagrados haviam cometido um acto cismático e portanto haviam sido excomungados, mas abrindo uma porta à esperança ao assinalar que “ A todos esses fiéis católicos que se sentem vinculados a algumas precedentes formas litúrgicas e disciplinares da tradição latina desejo também manifestar a minha vontade…de facilitar o seu regresso à comunhão eclesial através das medidas necessárias para garantir o respeito das suas justas aspirações”.
São várias as comunidades que aproveitaram para se amparar nestes privilégios concedidos pela Santa Sé. Só vamos mencionar as mais importantes.
Sem dúvida a mais importante é a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, fundada em 1988 depois que um grupo de Sacerdotes da FSSPX se retirou, após as consagrações episcopais.
Outras comunidades destacadas são a Abadia beneditina de Ste Madeleine at Le Barroux(França) e a Fraternidade dominicana de San Vicente Ferrer(França).
Também há grupos organizados de laicos que solicitam os serviços dos sacerdotes Ecclesia Dei.
Entre outros estão a Federação Internacional “Una Voce”, fundada na década de sessenta para preservar e fomentar o conhecimento da liturgia tradicional romana e do canto gregoriano, são particularmente activos nos EUA e Europa Ocidental. O seu actual presidente é Michael Davies, um intelectual que se destacou por escrever livros muito lúcidos onde defende a liturgia tradicional romana.
Outro agrupamento que se destaca são as Sociedades de Defesa da Tradição, Família e Propriedade(TFP) fundadas em 1960 no Brasil pelo destacado intelectual brasileiro Plínio Corrêa de Oliveira( 1908-1995). São associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que ataca a civilização cristã, são particularmente fortes no Brasil, EUA, França e Itália. Este grupo sofreu uma grave denúncia, feita pelo professor brasileiro Orlando Fedeli, que em 1983 disse ter descoberto no seio da organização um culto esotérico face ao fundador e sua mãe. Aparentemente estas denúncias tinham sólida evidência.
Finalmente temos que mencionar a Associação Cultural Monfort de São Paulo. Fundada em 1983 por ex-membros da TFP. O seu fundador e presidente é o citado professor Orlando Fedeli e destacou-se pela sua defesa pura e apaixonada da Fé Católica, sem se importar com as incompreensões e maledicências. Em 1997 decidiram romper todos os vínculos com os grupos Lefebvristas devido ao estabelecimento dos tribunais paralelos para ditar sentenças em casos de nulidade matrimonial.
Jorge Fuentes
Frente a esta revolução dentro da Igreja dirigida por Roma, iniciou-se uma resistência a partir de várias frentes, nem sempre compatíveis entre si.
Não vamos mencionar os grupos que elegeram o seu próprio papa porque são intentos pouco sérios e de carácter simplesmente cismático. Vamos mencionar os grupos que nos parecem bem fundados:
1- O Sedevacantismo
Esta postura defende que a Sé Romana está actualmente em vacatura. Por isso os Papas conciliares são intrusos já que por serem hereges estão depostos. Mas a crítica que lhe podemos fazer é que o único que pode decretar a heresia formal de um indivíduo católico é o seu superior hierárquico. No caso do Papa o seu superior hierárquico é Jesus Cristo, pois o papa é o vigário de Cristo e cabeça visível da Igreja. Lamentavelmente não ocorreu a intervenção milagrosa de Jesus Cristo e por algum misterioso desígnio divino foi permitido que as autoridades da Igreja continuassem o seu labor destruidor.
Um dos grupos sedevacantistas mais antigos e inteligentes é o que se congrega em torno da revista alemã Einsicht, fundada por Eberhard Heller em 1971.Em 1981 lograram convencer monsenhor Ngo-Dinh-Thuc (1897-1984) para que consagrasse alguns sacerdotes como bispos e assim pudesse salvar a sucessão apostólica E em 1982 monsenhor Thuc fez uma declaração pública em que terminava dizendo:” É por isso que, na minha qualidade de bispo da Igreja Católica Romana, julgo que a Sede da Igreja Católica em Roma está vaga e que é meu deve, enquanto bispo, fazer todo o possível para que a Igreja Católca Romana perdure com vista à salvação eterna das almas”.
Outro grupo muito bem organizado e com muitos fiéis é a União Sacerdotal Trento do México, que é dirigida por monsenhor Martín Dávila, consagrado Bispo em 1999 por monsenhor Mark Pivarunas(bispo da linhagem de Thuc).
Finalmente mencionaremos a Congregação Imaculada Rainha Maria dos Estados Unidos, dirigida por monsenhor Mark Pivarunas, consagrado bispo em 1991 por monsenhor Moisés Carmona( consagrado bispo por monsenhor Thuc em 1981).
Um personagem polémico e acutilante que não se pode deixar de mencionar é o destacado intelectual argentino Carlos Disandro(1918-1994) que se notabilizou por denunciar, sem meias medidas, tanto a igreja conciliar como o tradicionalismo barroco dos lefebvristas .O seu combate é pelo regresso ao catolicismo platónico dos Padres gregos.
Um dado curioso é que Rama Coomaraswamy , filho do célebre discípulo de Guénon, Ananda Coomaraswamy, é um fiel seguidor do sedevacantismo e foi ordenado sacerdote..
2-A tese de Cassiciacum
Esta postura defende que o Papa, desde 1965, já não está divinamente assistido e, por isso, já não é seguro o seu ensinamento. Mas não foi deposto pelo que ocupa materialmente o Trono Apostólico. Temos Papa, mas este não tem a autoridade que possuíam os anteriores, podemos resistir-lhe porque pela sua boca já não fala Cristo.
O primeiro teórico desta postura foi monsenhor Michel Guerad des Lauriers( 1898-1988) da Ordem dos Predicadores. Este sacerdote foi o que redigiu o célebre Breve Examen, crítico da Novus Ordo Missae(1969), que foi a primeira crítica sistemática à nova missa. Depois, na revista francesa Cahiers de Cassiciacum, escreveu a sua tese, que já explicámos no parágrafo anterior. Em 1981 foi consagrado bispo por monsenhor Thuc.
Actualmente um dos grupos mais activos que defendem esta postura é o Instituto Mater Boni Consilii, fundado em 1985 por um grupo de sacerdotes italianos expulsos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Têm uma revista, inteligente e combativa, chamada “Sodalitium”.
Outro grupo importante e muito vinculado ao anterior é o “Restauração Católica”. Teve origem num grupo de sacerdotes dos Estados Unidos, expulsos em 1983 da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Em 1993 foi consagrado como bispo monsenhor Daniel Dolan por parte de monsenhor Mark Pivarunas.
3-Lefebvrismo
Esta postura afirma que os Papas conciliares são plenamente Papas mas estão contaminados pela heresia liberal, por isto a Igreja está em estado de necessidade, pelo que os bispos e sacerdotes da resistência têm jurisdição supletiva entregue pela Igreja e não pelo Papa. Inclusive atreveram-se a fundar tribunais para julgar a nulidade matrimonial. Isto foi firmemente questionado por vários sacerdotes e fiéis católicos que fizeram ver que o poder de julgar corresponde a um direito intrinsecamente vinculado ao Supremo Pontífice. Frente a uma sentença injusta dos tribunais papais só tem lugar a resistência, não a criação de tribunais paralelos que não têm mandato papal.
O lugar de honra nesta vasta acção de resistência corresponde sem dúvida a dois bispos católicos: O arcebispo francês monsenhor Marcel Lefebvre (1905-1991) e o bispo brasileiro António de Castro Mayer(1904-1991). Já em pleno Concílio Vaticano II(1962-1965) opuseram tenaz resistência ao modernismo triunfante. No ano de 1970 monsenhor Lefebvre fundou a Fraternidade Sacerdotal São PIO X na Suiça, e em 1976 é suspenso “a divinis” pelo Papa PauloVI. Finalmente é excomungado em 1988, juntamente com monsenhor Mayer, pelo Papa João Paulo II, por consagrar quatro bispos sem sua autorização. Para entender a visão de monsenhor Lefebvre gostaríamos de citar dois parágrafos da sua célebre Declaração de 1974:
“Aderimos de todo o coração, com toda a alma à Roma Católica, guardiã da Fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa Fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.
Em troca recusamos, como nos recusámos sempre, a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante, que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II e, depois do Concílio, em todas as reformas que dele surgiram.”
A Fraternidade São Pio X está repartida por todos os continentes mas é particularmente forte na França, Suiça, Alemanha, Estados Unidos e Argentina. Conta com quatro bispos e aproximadamente quatrocentos sacerdotes, além de religiosos e religiosas que os ajudam nas suas tarefas quotidianas.
Existe também a Irmandade Sacerdotal São João Maria Vianney, que está no Brasil e foi fundada por monsenhor Mayer. Contam também com mosteiros beneditinos no Brasil , Estados Unidos e França ; um convento dominicano em França e um convento capuchinho, também em França. Os dominicanos editam a melhor revista teológica Lefebvrista: ”Le sel de la Terre”
4-Ecclesia Dei
Esta posição nasceu em 1988, logo que depois das consagrações episcopais feitas por monsenhor Lefebvre, o Papa João Paulo II escreveu a carta apostólica Ecclesia Dei afirmando que monsenhor Lefebvre e os bispos por ele consagrados haviam cometido um acto cismático e portanto haviam sido excomungados, mas abrindo uma porta à esperança ao assinalar que “ A todos esses fiéis católicos que se sentem vinculados a algumas precedentes formas litúrgicas e disciplinares da tradição latina desejo também manifestar a minha vontade…de facilitar o seu regresso à comunhão eclesial através das medidas necessárias para garantir o respeito das suas justas aspirações”.
São várias as comunidades que aproveitaram para se amparar nestes privilégios concedidos pela Santa Sé. Só vamos mencionar as mais importantes.
Sem dúvida a mais importante é a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, fundada em 1988 depois que um grupo de Sacerdotes da FSSPX se retirou, após as consagrações episcopais.
Outras comunidades destacadas são a Abadia beneditina de Ste Madeleine at Le Barroux(França) e a Fraternidade dominicana de San Vicente Ferrer(França).
Também há grupos organizados de laicos que solicitam os serviços dos sacerdotes Ecclesia Dei.
Entre outros estão a Federação Internacional “Una Voce”, fundada na década de sessenta para preservar e fomentar o conhecimento da liturgia tradicional romana e do canto gregoriano, são particularmente activos nos EUA e Europa Ocidental. O seu actual presidente é Michael Davies, um intelectual que se destacou por escrever livros muito lúcidos onde defende a liturgia tradicional romana.
Outro agrupamento que se destaca são as Sociedades de Defesa da Tradição, Família e Propriedade(TFP) fundadas em 1960 no Brasil pelo destacado intelectual brasileiro Plínio Corrêa de Oliveira( 1908-1995). São associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que ataca a civilização cristã, são particularmente fortes no Brasil, EUA, França e Itália. Este grupo sofreu uma grave denúncia, feita pelo professor brasileiro Orlando Fedeli, que em 1983 disse ter descoberto no seio da organização um culto esotérico face ao fundador e sua mãe. Aparentemente estas denúncias tinham sólida evidência.
Finalmente temos que mencionar a Associação Cultural Monfort de São Paulo. Fundada em 1983 por ex-membros da TFP. O seu fundador e presidente é o citado professor Orlando Fedeli e destacou-se pela sua defesa pura e apaixonada da Fé Católica, sem se importar com as incompreensões e maledicências. Em 1997 decidiram romper todos os vínculos com os grupos Lefebvristas devido ao estabelecimento dos tribunais paralelos para ditar sentenças em casos de nulidade matrimonial.
Jorge Fuentes
13 Comentários:
Concordo, creio q o amigo Rodrigo mesmo não sendo católico vê bem o q ocorre na Santa Igreja.
Bom, eu tenho grande antipatia pela Igreja Católica, mas enfim, este blog serve também para mostrar caminhos diversos e entre os católicos existirá uma minoria, uma elite, capaz ainda de lutar.Pelo menos assim espero.
E eu que julgava que o Rodrigo, era daqueles que andava perdido em bosques de carvalho, de olhos vendados às cabeçadas aos javalis, como aquele outro ceguinho, um tal de...
Legionário
Agora o Rodrigo foi crìtico demais e talvez simplista.
Es el caso del cristianismo cuya ambigüedad nace de dos orientaciones diferentes que coexisten en el seno de su doctrina: de un lado la innegable conformidad con la Tradición, de otro el esfuerzo de adaptación a las condiciones del Kali-Yuga.
Um interessante e honesto panorama do Verdadeiro Catolicismo.
«Es el caso del cristianismo cuya ambigüedad nace de dos orientaciones diferentes que coexisten en el seno de su doctrina: de un lado la innegable conformidad con la Tradición, de otro el esfuerzo de adaptación a las condiciones del Kali-Yuga.»
Uma visão perenialista, muito bem.
Muito interessante a abordagem e a clareza do assunto, salvo alguma apologética que não me interessa muito. Moro no Brasil e estudo a minoria conciliar brasileira: D. Antônio de CAstro Mayer e D. Geraldo de Proença Sigaud. Tema altamente relevante para compreender a situação da Igreja hoje. Que tal trocarmos figurinhas sobre o assunto?
O "batalha final" foi muito bem elaborado. Parabéns.
Caros amigos e irm�os em Cristo, meu nome é Diogo, sou católico apostólico romano.
Até hoje, todos os Papas que existiram, de Sim�o Pedro ao Bento XVI, todos, sem exce�o, s�o Vig�rios de Cristo e leg�timos sucessores apost�licos.
Grupos que n�o aceitam os Papas conciliares s�o grupos que n�o entenderam as causas do Conc�lio Vaticano II. Mesmo que certas mudan�as n�o sejam do nosso agrado, ainda s�o mudan�as realizadas por sucessores de Cristo. Lefebvre mesmo reconhece que o Novo Ordo n�o � inv�lido, desde que o celebrante saiba o que est� fazendo. Erraram e erram os que n�o aceitam mais o Magist�rio infal�vel dos Santos Papas: Jo�o XXIII, Paulo VI, Jo�o Paluo I e Jo�o Paulo II e Bento XVI. Quem n�o aceita estes Papas, ou�am bem meus amigos, est� em erro, por melhor que seja a sua inten�o.
Jesus disse � Vassula sobre o Lefebvre:
"Regressa, regressa, bem-amado (Monsenhor Lefebre); fui Eu, o Senhor, que escolhi Pedro, Pedro que hoje tem o nome de Jo�o Paulo II. Sou Eu Mesmo que te digo, bem-amado: o Meu Sagrado Cora�o escolheu-o. Regressa. Pelo Meu Amor, reconcilia-te, bem-amado. Eu, o Senhor, perdoarei os teus pecados e purificar-te-ei. REGRESSA!"
http://www.tlig.info/cgi-bin/hse/HomepageSearchEngine.cgi?url=http://www.tlig.org/pgmsg/pgm297.html;conf=6;geturl=d+highlightmatches+gotofirstmatch;terms=lefebre;enc=lefebre;utf8=on;noparts#firstmatch
Acaso Nosso Senhor Jesus Cristo faria concess�es a quem se cisma dos Papas?
Ao pe. Stefano Gobbi, Maria, nossa M�e predileta, Rainha dos c�us, disse sobre Lefebvre:
Mensagem no Santu�rio de Knock (Irlanda), 29 de junho de 1988:
"...Somente Pedro, Cristo fundou a sua Igreja.
Somente por Pedro, Jesus orou, para que sua f� ficassesempre �ntegra.
Somente a Pedro, o Senhor confiou a tarefa de confirmar na f� os irm�os....
Como M�e dolorosa e preocupada convido-vos a todos a olhar hoje para o sucessor de Pedro, o Papa Jo�o Paulo II.
� o meu Papa.
� o Papa formado por Mim no fundo do meu Cora�o Imaculado.
� o Papa da minha grande luz, nestes tempos da maior escurid�o.
Com a f� de Pedro, Ele ilumina a terra e confirma toda a Igreja na Verdade,
...
O cora�o do Papa, hoje, sangra por causa de um Bispo da santa Igreja de Deus que, com uma arbitr�ria ordena�o episcopal feita contra a sua vontade abre, na Igreja Cat�lica, um doloroso cisma.
Mas isso � apenas o in�cio.
De fato, muitos Bispos j� n�o est�o mais unidos ao Papa...�
Quero ressaltar a voc�s o que Maria disse:
Jo�o Paulo II, cujo bras�o era marcado tamb�m com o sinal de Maria, como voc�s podem ver, era realmente o Papa do 3� segredo. Maria confirma isto v�rias vezes. S� que certas coisas foram mudadas gra�as a Miseric�rdia Divina, me refiro ao atentado ao Papa, que foi protegido pela nossa M�e.
Quero ressaltar o que Maria disse: os Papas s�o vig�rios de Cristo, o que Jo�o Paulo II fez � o certo.
Devemos nos unir a ele (Bento XVI) ou n�o estaremos em comunh�o com a Igreja de Deus, conforme Nossa Senhora e Rainha disse. Quem se aparta da Igreja, comete cisma por vontade pr�pria. Criticam os outros chamando-od de neo-protestantes, mas agem igual a Lutero dizendo por conta pr�pria que o Vaticano est� sem Papa. Quem superior na Igreja pode dizer algo assim? Jesus e Maria vieram at� aqui, at� n�s, e n�o damos ouvidos a ELEs?
A estes gerupos todos, sedevacantistas, lefebvristas... todos s�o cism�ticos ao n�o reconhecerem a autoridade papal, mesmo que tenham as melhor de todas as inten�es.
Por fim, termino a quest�o de Lefebvre com as palavras do pr�prio Jo�o Paulo II, um dos meus Papas favoritos:
"Em si mesmo, tal acto foi uma desobedi�ncia ao Romano Pont�fice em mat�ria grav�ssima e de import�ncia capital para a unidade da Igreja, como � a ordena�o dos bispos, mediante a qual � mantida sacramentalmente a sucess�o apost�lica. Por isso, tal desobedi�ncia - que traz consigo uma rejei�o pr�tica do Primado romano - constitui um acto cism�tico (3). Ao realizar tal acto, n�o obstante a advert�ncia formal que Ihes foi enviada pelo Prefeito da Congrega�o para os Bispos no passado dia 17 de Junho, Mons. Lefebvre e os sacerdotes Bernard Fellay, Bernard Tissier de Mallerais, Richard Williamson e Alfonso de Galarreta, incorreram na grave pena da excomunh�o prevista pela disciplina eclesi�stica(4).
Nas presentes circunst�ncias, desejo sobretudo dirigir um apelo, ao mesmo tempo solene e comovido, paterno e fraterno, a todos aqueles que at� agora, de diversos modos, estiveram ligados ao movimento do Arcebispo Lefebvre, a fim de que cumpram o grave dever de permanecerem unidos ao Vig�rio de Cristo na unidade da Igreja Cat�lica, e de n�o continuarem a apoiar de modo algum esse movimento. Ninguem deve ignorar que a ades�o formal ao cisma constitui grave ofensa a Deus e comporta a excomunh�o estabecida pelo Direito da Igreja
c) al�m disso, em toda a parte dever� ser respeitado o esp�rito de todos aqueles que se sentem ligados � la tradi�o lit�rgica latina, mediante uma ampla e generosa aplica�o das directrizes, j� h� tempos emanadas pela S� Apost�lica, para o uso do Missal Romano segundo a edi�o t�pica de 1962(9).
C�n. 751 e 1382
c�none 1364, par. 1, e pelo c�none 1382 do C�digo de Direito Can�nico."
http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_commissions/ecclsdei/documents/hf_jp-ii_motu-proprio_02071988_ecclesia-dei_po.html
Por favor, pe�o-vos, irm�os cat�licos apost�licos romanos, solenemente, exorto-vos pelos Sagrados Cora�es de Maria e de Jesus, que voltem para a VERDADE! Unamo-nos com os Santos Papas! �, Santos Papas que est�o no C�U, interdei junto a esta IGREJA, que � de Cristo, que pertence � Sant�ssima Trindade! Que a Sua Voz se fa�a cada vez mais ouvida nos cora�es endurecidos, cegos e surdos de toda a humanidade, especialmente dos cat�licos que n�o percebem a Sua Presen�a em nosso meio. AM�M!
Quanta loucura. Isso me lembra bastante as sandices que eu professa quando ainda era protestante.
bom artigo. Achei outro: www.luterofedeli.wordpress.com
O artigo é muito bom, mas assustador.
Onde querem chegar?
Preocupa-me a postura da “resistência católica” e agora que li seu artigo minha preocupação cresceu bastante. Vejo uma crítica à liturgia, como se ela fosse o instrumento mais importante para conduzir à fé e ao Papa.
Tenho 77 anos e lembro-me do padre de costas para falando em latim, o que ninguém entendia e o povo durante a celebração ficava rezando o Terço completamente alheio ao que estava sendo falado pelo padre. Isto quer dizer que a fé e existia independentemente da catequese da missa.
Sou militar, profissão na qual a disciplina é indispensável a seus membros. Quando a cúpula se reúne para discutir planos ou linha de ação para guerra ou não, durante a discussão é livre a apresentação de apartes favoráveis ou não a determinada missão. Depois de tomada a decisão ela é posta em prática a despeito dos votos vencidos. Se assim não for não poderemos fazer a avaliação dos resultados parciais e mudar ações se preciso for, ou avaliar o resultado final após a implantação da decisão.
Nossa Igreja realiza Concílios a intervalos muito grandes e de grande duração. Após o Vaticano II encerrado com o voto da maioria dos Bispos, alguns liderados resolveram não acatar as decisões da maioria e se rebelar. Imaginem numa guerra algumas unidades das Forças Armadas do país decidirem, depois de desencadeada a guerra, decidirem não participar dela, certamente a eventual derrota será certa, pois a unidade da força foi perdida.
Hoje vivemos algo semelhante em nossa Igreja, existem os mais realistas que o rei, aqueles que não aceitam serem votos vencidos e apesar da derrota nas urnas querem impor suas teorias de qualquer forma.
Afinal que pretende o movimento da Resistencia Católica e os ouros apresentados por você? Anular o Concílio Vaticano II e convocar um novo que atenda à suas ideias?
Depor o Papa e eleger um à revelia das normas em vigor?
Creem os membros dessas dissidências realmente que o Espírito Santo conduz a Igreja? Ou será que acreditam que somente eles são dirigidos pelo Espírito Santo?
Pretendem criar uma Nova Igreja Católica com um novo Papa eleito por eles, fazendo assim uma nova divisão, ou novas da Igreja? Pulverizando a atual Igreja Católica a à semelhança das seitas evangélicas que pulverizaram o protestantismo?
Faço votos que o Espírito Santo ilumine e esses membros da Igreja e que eles se deixem guiar por Ele, e que a paz de Cristo envolva nossa Igreja e a mantenha uma, indivisível e Católica.
José Martins
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