segunda-feira, setembro 04, 2006

Ernst von Salomon - O questionário de um proscrito

A partir de 1919,com apenas 17 anos, Ernst von Salomon está nos Freikorps, combate no Báltico contra os comunistas e na Silésia contra os polacos que procuram anexar essas terras, os seus companheiros lutam, igualmente, contra os movimentos separatistas, na Baviera e na Renânia, contra os partidários de Marx e Engels que, quais abutres, aproveitam a derrota alemã na primeira guerra para alastrar a sua mensagem subversiva.

Os altos responsáveis da República de Weimar mostram-se, perante esta Alemanha humilhada pelo tratado de Versailhes, controlada pelos “aliados”, à beira da fragmentação interna, fracos, quando não condescendentes. Não é já só a humilhação a que foi sujeitada a nação a partir do exterior que move os movimentos de resistência nacional, é a indignidade interna do governo instalado.

A revolta cresce e expande-se, dos veteranos da primeira guerra ao povo anónimo. Juntam-se, nesses “corpos livres”, voluntários dos mais diferentes meios, desde homens formados nas academias militares, filhos de oficiais, a antigos soldados rasos e gente sem experiência militar. O chamamento unificador da pátria vexada começa a agregar, ali ultrapassam-se as questiúnculas de “classes”, marcha-se então por cima da cartilha marxista, o "mito" da nação mostra-se mais forte que o da consciência classista, o inimigo principal começa a surgir claramente aos olhos desses voluntários nacionalistas do pós-guerra: É o novo “Deutsches Reich”, a nova ordem que emana de Weimar, é a democracia-liberal imposta pelos “aliados” à nova Alemanha que enfraquece a pátria, com o seu patético espectáculo de divisionismo parlamentarista, de pequena politiquice num país já de si à beira da ruína. Se a extrema-esquerda não aceita o novo regime porque está apostada em realizar ali o que fora conseguido na Rússia, para os nacionalistas a democracia-liberal é um corpo estranho à tradição da orgulhosa pátria imperial, alicerçada sobre a honra, o heroísmo e a autoridade; nauseia o constante comprometimento, os meios-termos, as meias-medidas, a dissimulação partidária, as discussões sobre coisa alguma…

O regime de Weimar mostra-se incapaz de assegurar a ordem interna, aniquilar os movimentos marxistas de secessão e reagir aos ditames de Versailhes que subjugam a Alemanha, de forma vergonhosa, ao estrangeiro. Walther Rathenau, ministro dos negócios estrangeiros da República, é, no período, um dos homens mais proeminentes da nova democracia, grande responsável pelas negociações das condições impostas pelos vencedores ao povo germânico. Defende a necessidade de cumprir com as imposições de Versailhes ao mesmo tempo que negoceia o tratado de Rapallo com a União Soviética. Em 1922 é assassinado por membros dos Freikorps, entre eles Ernst von Salomon. Por isso este passará 5 anos na prisão.

Em 1930, no seu “Die Geächteten”(Os Proscritos), relatará os tempos passados na prisão e a luta desses corpos de voluntários em defesa da Alemanha, esses homens, camaradas de revolta, sem ideal político sistematizado, representantes antes de uma visão do homem perante a realidade, a exaltação do dever, a não rendição, a rebelião, o culto da acção, reagindo instintivamente às agressões percepcionadas contra a sua memória histórica colectiva, como se reage quando nos atacam a família, serão os “proscritos” da Prússia vencida, o mesmo é dizer os que não se predispuseram a ser vassalos. Eles foram os filhos fiéis de uma pátria controlada por um Estado que viam como desleal para com o seu povo, inimigos do Estado porque cumpridores da nação.

Com a ascensão de Hitler ao poder von Salomon assiste ao desenrolar da História com algum distanciamento e vive, durante o regime, com a sua companheira judia. A sua luta estava travada, derrubar o Estado colaboracionista de Weimar, vingar o ultraje pátrio de que essa República fora expoente.

Naqueles tempos que sucederam à primeira derrota alemã, a revolução reunia todas as contradições em torno de um único objectivo claro, a restauração de uma Alemanha autenticamente soberana, senhora de si, portadora de uma identidade própria. É Ernst von Salomon que o define na perfeição quando afirma que todos aqueles combatentes aglomerados nos Freikorps não tinham ainda precisado as suas ideias quanto à organização do Estado, reagiam simplesmente contra a insidiosa situação em que o país havia caído.

Seriam precisamente esses “revolucionários conservadores” que naqueles agitados anos se dedicariam, progressivamente, em inúmeros artigos, livros e conferências, a fornecer à Alemanha uma ideia de si, definindo conceitos, apontando caminhos, relembrando a História.

Com Hitler não se consegue identificar, sempre havia tido uma postura aristocrática, cultivado um sentido de autoridade e hierarquia e desagradava-lhe aquele populismo nazi, aquela imagem que Hitler tinha de homem das massas.

De ascendência veneziana e tradição monárquica Ernst von Salomon não era um anti-semita, o culto da raça interessava-lhe sobretudo em termos espirituais, não era a “raça ariana” mas o espírito prussiano que exaltava. Esse espírito prussiano identificava-o com a coragem, o cumprimento do dever, com um sentido trágico da vida e épico da morte.

Não servia partidos mas apenas a nação. Eram, pois, as horas difíceis, quando não eram partidos que o exigiam mas a própria nação que estava em jogo, que lhe importavam. Por isso ofereceu-se novamente em 1939 para combater na segunda guerra, tendo porém sido rejeitado pelos serviços militares…

Finda a guerra é novamente preso, desta vez pelos americanos. Levado para um dos campos de detenção é violentamente agredido por militares e testemunha vários actos semelhantes praticados sobre compatriotas seus bem como violações de mulheres germânicas, perante o gozo, as gargalhadas ou o voyeurismo passivo dos soldados norte-americanos.

A Alemanha vencida é agora dividida em 4 partes, que ficam sob administração francesa, inglesa, norte-americana e soviética. Na zona americana implementa-se intensivamente um plano de “desnazificação” que leva, para além do processo de Nuremberga, ao julgamento de 169 282 alemães, contra 22 296 na zona inglesa e 18 000 na zona sob administração soviética.

Na zona sob controlo americano é elaborado, no âmbito da “desnazificação” da população, um questionário com 131 perguntas ao qual são obrigados a responder todos os maiores de 18 anos. De acordo com as respostas cada alemão poderia ser classificado em 5 grupos cujas sentenças podiam passar, por exemplo, pela pena de morte, a expropriação dos bens pessoais, o impedimento de exercer qualquer profissão que não fosse de trabalho manual ou a absolvição de culpa. Foram emitidos 12 000 000 de questionários que resultaram em 930 000 sentenças.

Ao abrigo da conferência de Postdam, que decidira que todas as pessoas hostis aos propósitos dos aliados deveriam ser eliminadas de qualquer cargo de responsabilidade e substituídas por funcionários “apropriados à implementação das ideias democráticas” e que o povo alemão deveria ser submetido a programas de “reeducação”, os americanos retiraram o emprego a 141 000 alemães, destituíram 80% dos professores e impediram 50% dos médicos de exercerem a sua profissão, isto num país a atravessar inúmeras carências na área da saúde.

Entretanto, Roosevelt, com a directiva J.S.C. 1067, dá ordens claras para levar a Alemanha à falência económica, reduzindo-a a um Estado agrário, e afirma a intenção de castigar todo o povo alemão, sujeitando-o à fome e humilhação. Só posteriormente, quando os interesses económicos norte-americanos compreenderam que o mercado europeu, do qual necessitavam, estava dependente da recuperação alemã foi alterada a sua estratégia para o país.

A vontade de rebaixamento da Alemanha levou mesmo à perseguição da aristocracia e à investigação de pessoas que tivessem “von” no nome.

A tudo isto assistiu Ernst von Salomon, bem como os milhões de alemães que foram submetidos ao domínio aliado, especialmente americano. A tudo isto respondeu Ernst von Salomon num pungente livro datado de 1951, “Der Fragenbogen”( O Questionário – as respostas às 131 questões do Governo Militar Aliado). O livro, que foi publicitado nos EUA como um manifesto alemão anti-americano, sobretudo a partir dos círculos de influência judaica, teve um grande acolhimento popular. Foi escrito com fervor patriótico, sem ceder a manifestações de contrição pública, sem reconhecimentos oportunos de descoberto democratismo – ele que talvez se pudesse ter prestado a esse papel por nunca ter feito realmente parte do establishment nazi, que se considerou sempre um prussiano, não um alemão, que considerou sempre como sua bandeira a da Prússia imperial, que não se revia no ideal ariano do nacional-socialismo( “se não tivesse nascido prussiano teria escolhido sê-lo”).

O livro é escrito num registo altivo, como quem se dirige aos americanos, e aos “democratas ocidentais” em geral, olhando de cima para baixo, é pleno da mais fina ironia, da crítica mais mordaz, e é isso que incomodou…aquele homem, no meio das ruínas, manteve-se de pé, não quebrou, como quebrado pela vergonha e pela culpa deveria estar todo o alemão, em penitência, em expiação. Pior, com o “Questionário” exortou o seu povo a não quebrar também, a não se justificar, a elevar-se uma vez mais, a socorrer-se do “espírito prussiano”, a mostrar orgulho na sua identidade, a procurá-la no fundo da sua memória e a não permitir que esta fosse recriada pelos vencedores conforme a sua vontade, a não permitir que impusessem à “Prússia” um regime estranho à sua natureza. O espelho que o livro coloca à frente da moralidade americana, denunciando-a em toda a sua falsidade, contando a história como ela não pode ser contada, nos antípodas das fábulas hollywoodescas, é um exercício de impertinência imperdoável.

Este livro tem um simbolismo próprio que ganha significado na vida do seu autor, ele encerra um ciclo, representa um regresso à origem:

-Quando muito jovem adere aos Freikorps do capitão Erhardt, a menos numerosa das unidades e uma das mais activas dos “corpos”; depois das batalhas na Silésia e na Renânia entra na “Warte”, um exíguo grupo de poucas dezenas de homens, uma elite de escolhidos entre os comandados de Erhardt. Não foi por acaso que escolheu voluntariar-se para a mais pequena das unidades e uma das que desempenhava missões mais difíceis, era assim que deveria ser pois era essa a forma mais heróica de combater, inspirado pela ideia de Goethe de que o soldado deve escolher a tropa mais pequena, a guerra mais difícil. Combatia do lado de poucos contra muitos, como se lutasse sozinho contra os outros. Era-lhe apelativo esse sentido de desproporcionalidade, essa atitude de rebelião, esse confronto da qualidade com a quantidade. Mas se nos tempos que se seguiram à primeira derrota alemã combatia quase sozinho, não o fazia por si mas pela pátria, pelo povo, numa atitude autenticamente aristocrática.

-Depois, quando o ciclo da História trouxe o peso e o êxtase das multidões, o signo do número, uma vaga de restauração nacional, sob a direcção de Hitler, afastou-se, tornou-se um contemplador, ali já não combateria sozinho, não seriam já poucos contra muitos, não haveria batalhas impossíveis a travar. Não estaria já entre os selectos, os derrotados da História que se recusavam a sê-lo, apenas poderia ser mais um de entre os vencedores momentâneos, e esse nunca foi o papel que lhe interessou, faltava o sentido trágico da vida que o atraía…

-E finalmente o ciclo encerra-se com a segunda derrota alemã, a definitiva. Tendo assistido ao sofrimento do seu povo às mãos dos libertadores, testemunhado as purgas, acompanhado a “reeducação” da população e a reconstrução da memória colectiva da Alemanha, olha em volta e vê novamente um país caído, um povo perdido, não existem já multidões exaltando a pátria mas novamente o ultraje e àquele corpo já maduro regressa o espírito aristocrático prussiano de um jovem cadete adolescente que fora ensinado a morrer pela nação. É novamente a oportunidade de se juntar ao mais pequeno exército e travar a mais difícil guerra, de estar contra a corrente da História. Desta vez, sem os seus camaradas dos Freikorps, está ainda mais sozinho, só contra muitos, contra quase todos, como sempre preferira, mas não lutará por si, lutará uma vez mais, como sempre fizera, pelo espírito prussiano, por um ideal, pelo seu povo, e então, aludindo à divisão em 4 zonas da Alemanha ocupada, dirá solene:”Hoje sou o representante da quinta zona, da zona alemã…”.

12 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

O Rodrigo descreve e muito bem a verdade do que se passou e a história de um herói como tantos outros que combateram nos "freikorps", com todas as suas particularidades.
Um alemão, mas antes de tudo um prussiano.
Vistas bem as coisas, à quantos séculos atrás teria já perecido a alemanha não fora a existência da baviera (e a própria baviera esteve na mão daquela amalgama de merda que se chama frança!)e da prussia!
Portanto note-se que entretanto a prussia foi destruida (mas que "estranha" "coincidencia"!) e grande parte das terras foram roubadas ao povo alemão e oferecidas aos "povos?" já submetidos do leste europeu!
Que não haja duvidas o povo alemão é um povo resistente e a maior vítima de vizinhos fracos e corruptos e não como diz a cartilha do bom imbecil liberalo-democrata com laivos de comunista internacional: um povo de bárbaros e criminosos!

Mais interessante ainda é a demonstração de que a provavel maioria dos nacionalistas na propria alemanha não eram sequer nazis e que contrariamente ao que é dito, os proprios nazis não os perseguiam por não o serem! Mais uma vez para desfazer os mitos da cartilha dos imbecis e corruptos que querem diabolizar os movimentos nacionalistas!

E finalmente que sirva para abrir os olhos de quem passa a vida emocionado com as amabilidades e justiças do "grande", "democrata" e "libertador", "amigo" americano!

4:07 da tarde  
Blogger Mendo Ramires disse...

Mais um texto de antologia.
Como é sabido, reservo na estante-biblioteca um lugar para «Batalha Final — Textos da Blogosfera», de Rodrigo Nunes.

4:31 da tarde  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

Ao anónimo:

Ernst von Salomon, sem nunca ter deixado de se dizer prussiano, escreveu posteriormente sobre a «Prússia morta».

Ao Mendo:

Bem vindo, espero que tenha aproveitado as férias.E agradeço a simpatia...

5:51 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Extraordinário texto Rodrigo.

É bom finalmente poder ler na língua de camões alguns textos sobre a Revolução Conservadora e neste caso sobre um dos seus percursores.

já no que respeita aos comentários do anónimo, devo dizer que, se bem que partilho em substãncia das suas observações, a génese do NS alemão nasce também aqui, nos Freikorps, nesses combatentes livres, livres e autonomos de um governo que não defendeu como lhe competia os interesses do povo alemão. Nem todos os freikorps foram nazis, mas quase todos os nazis de primeira hora foram ou relacionaram-se com os freikorps em algum momento.

6:01 da tarde  
Blogger PlanetaTerra disse...

///

--- Prússia, Alemanha, etc... -> são tudo Identidades Artificiais!......

NOTA:
--- Só os PAROLOS é que acreditam que os Judeus - espalhados pelo Planeta - vão 'trocar' a sua Identidade de vários milénios... por... Identidades Artificiais: que aparecem... e que depois são substituídas por outras...
--- MAIS, não é por acaso que os Judeus - espalhados pelo Planeta - são uns FEROZES INIMIGOS das Identidades Étnicas Autóctones: para os Judeus, a ÚNICA Identidade que possui o Direito de Sobreviver no Planeta... é a Identidade Judaica!
--- De facto, para os Judeus, os outros indivíduos deverão ser, tão somente, Mercenários que 'saltitam' de Identidade Artificial em Identidade Artificial... --> há milhares de anos que [de acordo com os seus interesses] os Judeus promovem quer a formação, quer a destruição, de Identidades Artificiais... {nota: as Identidades Artificiais são demarcadas em função de Interesses Conjunturais...}

--- É necessário Identidades Autênticas!!!

--- A única Identidade Verdadeiramente Nobre[->Autêntica!]... é a Identidade Étnica!

///

8:17 da tarde  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

Cumprimentos ao meu amigo Arqueofuturista e um obrigado à Maria pela visita elogiosa.

Vejo também que o "planeta terra" continua, digamos "heterodoxo", hehehe

2:19 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

"Roosevelt, com a directiva J.S.C. 1067, dá ordens claras para levar a Alemanha à falência económica, reduzindo-a a um Estado agrário, e afirma a intenção de castigar todo o povo alemão, sujeitando-o à fome e humilhação"

Ao contrário da Alemanha que levou o progresso e o bem-estar a todos os povos europeus, da Noruega à Grécia.

4:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

..."como quem defende a familia"...

Rodrigo...de antologia!

Abraço (ao alto)
Legionário

4:09 da tarde  
Blogger PlanetaTerra disse...

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--- A História mostra-nos duma forma muito clara o seguinte: Depois de terem sido destruídas as Identidades Étnicas na Europa... a Europa foi transformada num território de Mercenários 'Saltitões'... que 'saltitam' de Identidade Artificial em Identidade Artificial...
--- Um exemplo recente -->> Referendo sobre a Constituição Europeia: Foi por uma 'unha-negra' que as Identidades Nacionais não desapareceram... em nome duma... Identidade Europeia.
Conclusão Óbvia: A forma como as Identidades Nacionais estremeceram... é uma prova inequívoca de que as Identidades Nacionais [dos Países Europeus] são...Identidades Artificiais! --> Identidades 'Sólidas' JAMAIS estremeceriam daquela maneira!!!

--- Os europeus necessitam de Identidades Autênticas [Sólidas]!!!
[nota: sem Identidades Autênticas [Sólidas], os Nativos Europeus não conseguirão resistir à 'Fúria Globalizadora' dos Capitalistas Selvagens]
--- A única Identidade Verdadeiramente Nobre[-> Autêntica -> Sólida]... é a Identidade Étnica!



Rodrigo Nunes said:
« Vejo também que o "planeta terra" continua, digamos "heterodoxo", hehehe »


ALGUÉM ME SABE EXPLICAR AONDE É QUE ESTÁ A PIADA???

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10:26 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

ALGUÉM ME SABE EXPLICAR AONDE É QUE ESTÁ A PIADA???

A piada está em seres um palerma que só diz disparates e que ninguém liga patavina.

Ganha vida própria e dedica-te a cuidar de bonsai.

10:23 da tarde  
Blogger PlanetaTerra disse...

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--- Argumentos para rebater aquilo que eu afirmo não há!?!
--- Pois é... é o 'costume'!!!

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6:50 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto disse...

Meu Caro Rodrigo Nunes:
Belo texto sobre uma personalidade que foi, a um tempo, um notável escritor, mas um carácter com algumas sombras. Os seus dois grandes romances, «OS REPROVADOS» e «OS CADETES» expressam admiravelmaente a sensação de não estar bem na pele do seu País que atingiu a classe militar prussiana. A mesma que se deu como estranha às revoluções marxistas ao derrotismo desagregador de Weimar, à apropriação nacionalista dos «bebedores de cerveja» bávaros, ou aos ocupantes.
Entretanto, sempre negou algo que até Jünger dava como certo: que Rathenau tivesse sido morto por ser judeu. O propósito do acto para que forneceu a viatura usada pelos oficiais da Marinha seus amigos que o empreenderam teria sido eliminar a face visível do internacionalismo capitulante e do triunfo do poder económico privado na governação alemã.
Gostei muito de ler este texto e, agora que espero ter mais algum tempo, estou determinado a voltar a comentar um dos mais extraordinários Bloguistas Portugueses.
Abraço.

8:58 da manhã  

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