domingo, abril 16, 2006

Christopher Lasch, a direita ao lado do povo contra as elites

Christopher Lasch é normalmente considerado nos EUA um autor difícil de definir ou catalogar, não é um pensador que seja facilmente encaixado em categorias padrão. Para essa ideia de indefinição ideológica que no mundo anglo-saxónico lhe está associada contribui, concerteza, a sua posição face ao capitalismo. Um homem que esteve ligado a pertinentes análises sociais elaboradas a partir de uma certa visão de direita , foi também um crítico convicto do liberalismo económico. Na sociedade americana, praticamente sem tradição socialista, espera-se geralmente da direita uma posição claramente contrária ao Estado Social, favorecedora do governo minimalista, inequivocamente capitalista, provavelmente herdeira do liberalismo clássico. Sair desta matriz é condição para garantir o rótulo de herético que coube a Lasch.

A tradição europeia é diferente, até tempos recentes o conservadorismo e o liberalismo estavam em pólos opostos, foi o erguer do socialismo que fez convergir ambos no mesmo campo, numa aliança frequentemente contra-natura e que acabou na completa destruição dos movimentos realmente conservadores, corroídos, desvirtuados e dominados pela filosofia liberal, como sempre acontece com as ideologias que se associam a essa doutrina. De resto como esperar outra coisa da junção do conservadorismo, defensor das instituições tradicionais e natural portador de uma visão comunitária da vida com uma filosofia que faz a apologia da liberdade como um fim em si e do individualismo radical? Lasch seria necessariamente um «desenraizado» na sociedade americana, mas não entre os europeus, cuja memória alcança outras realidades. Arrisco dizer que na Europa seria considerado um homem autenticamente de direita, sem necessidade de particular confusão ou contestação.

Entre entrevistas e artigos controversos Christopher Lasch escreveu 8 livros, dos quais se destacarão «The Culture of Narcissism» e «Revolt of the Elites: And the Betrayal of Democracy». Este último, publicado já depois da sua morte, é provavelmente a obra mais abrangente e conseguida do ponto de vista político. São abordados 3 temas maiores que Lasch identifica como centrais à crise societal do Ocidente:1- as características das novas elites; 2- a comunicação social, a informação e o discurso público e 3- a crise espiritual do Ocidente.

O ensaio «central», que justifica o título do livro, remete-nos para a obra de Ortega y Gasset, «A Rebelião das Massas»; mas se Gasset identifica a emergência das massas como a grande ameaça aos valores europeus, pelo efeito destrutivo que teria sobre os padrões de qualidade na cultura e na política mantidos até então num certo patamar pelas elites, Lasch, pelo contrário, situa o problema na nova elite, os burocratas, os tecnocratas, os «peritos», os gestores, apresentando-os como a verdadeira causa da decadência da cultura e identidade do Ocidente bem como da própria democracia.

Ao contrário da direita que se revê em Gasset, elitista e desconfiada da democracia, sempre olhada como um mal menor, a direita de Lasch é popular( ou populista), e se critica a democracia actual é porque acreditou na ideia. Em oposição ao conservadorismo elitista que emana da obra de Ortega y Gasset a direita de Christopher Lasch é fundada nas classes trabalhadoras, no povo. O ataque de Lasch às elites é também a afirmação de uma posição que sempre lhe foi constante, a exaltação das virtudes das classes populares, das massas, das classes médias e baixas, que considera como o verdadeiro último reduto dos princípios que ergueram o Ocidente. Para o autor é precisamente entre as massas que se encontra o espírito de resistência ao politicamente correcto e de preservação da tradição ocidental, ameaçadas sim por elites que constituem a linha avançada da destruição desses princípios. O multiculturalismo, os estilos de vida «alternativos», as medidas de «affirmative action», o feminismo radicalizado, a relativização do valor da vida, a defesa do aborto, toda a agenda progressista encontra, sengundo Christopher Lasch, a maior resistência entre o povo e a maior força de imposição entre as novas elites do sistema globalizado, detentoras do poder económico e informativo.

Estas elites vivem num mundo aparte em que a informação e a elevada especialização técnica constituem os alicerces do poder e são elas que detêm o monopólio dos factores geradores de controlo social. Uma vez que o mercado destes factores é internacional e é daí que advém o seu estatuto dominante as novas elites são fiéis à manutenção e aprofundamento da nova ordem global e não manifestam qualquer lealdade para com as suas comunidades nacionais e as instituições tradicionais. Na verdade a distância que separa as novas classes dominantes das massas é de tal ordem que perderam toda a ligação à sua população, à sua nação. Vivem num mundo privado e selecto, habitam condomínios fechados, frequentam clubes privados, colocam os filhos em caras escolas particulares, desconhecem os bairros problemáticos, beneficiam de seguros de saúde que os asseguram contra os problemas dos sistemas de assistência médica, são portanto incapazes de compreender o mundo que está fora do seu círculo fechado e que afecta o povo.

O segundo tema abordado por Lasch e que foi também recorrente em toda a sua obra é o da manipulação da informação e controlo dos «media». Cristopher Lasch ataca a ideia de uma qualquer suposta neutralidade da comunicação social ligando esse embuste à aliança entre os «media» e a indústria de publicidade. Os interesses comerciais pretendiam promover os seus «produtos» sob a capa da respeitabilidade, assegurada pela ideia de uma comunicação social objectiva, enquanto os jornais e televisões pretendiam abarcar a maior percentagem de público servindo-se dos serviços da publicidade. Gera-se assim uma dinâmica nociva, a publicidade promove a ideia de neutralidade da informação enquanto a «informação» vende propaganda ao serviço de grupos e interesses sob o manto da veracidade factual.

Este controlo sobre a informação é exercido pelas novas elites internacionalistas e aqueles que com elas se relacionam, incluindo, naturalmente, jornalistas. As massas, ao lado das quais sempre se situa, são compostas por consumidores, recipientes destes fluxos de propaganda sem capacidade de influenciar ou retaliar, porque sem acesso aos «media». São, apesar de tudo, os instintos de preservação dessas classes médias e baixas que vão impondo os limites à disseminação das ideias ou ideais veiculados pela comunicação social e é essa resistência quase instintiva à engenharia social procurada pelo poder que as elites globais tentam destruir progressivamente.

Por fim surge a crítica do vazio espiritual que considera ter tomado conta da civilização ocidental. A ideia de progresso secular, segundo Lasch, surge hoje como um substituto completo da religião, apresentando a fé religiosa dos nossos antepassados como mero fenómeno que serviria para apaziguar a ignorância existente. Por outro lado aparecem novas religiões e espiritualidades que na sua opinião representam uma inversão da natureza religiosa, uma vez que o homem toma o papel de Deus, ou cria o seu próprio Deus, modelando as novas expressões de religiosidade às suas próprias necessidades de auto-estima e realização, sem exigir verdadeira disciplina espiritual. Essa «noite negra da alma», como lhe chama, levanta a derradeira questão, pode ainda sobreviver uma civilização que já perdeu a ligação com o que está para lá do homem, ou que, na melhor das hipóteses, está muito perto de a perder por completo? Afinal, por que estão dispostos a lutar, sacrificar-se ou morrer os representantes de um Ocidente que já não acredita em nada que ultrapasse o indivíduo? Este reconhecimento do papel estruturante da religião assume especial interesse no autor porquanto nunca foi um homem religioso.

23 Comentários:

Blogger Caturo disse...

Ao contrário da direita que se revê em Gasset, elitista e desconfiada da democracia, sempre olhada como um mal menor, a direita de Lasch é popular( ou populista), e se critica a democracia actual é porque acreditou na ideia. Em oposição ao conservadorismo elitista que emana da obra de Ortega y Gasset a direita de Christopher Lasch é fundada nas classes trabalhadoras, no povo. O ataque de Lasch às elites é também a afirmação de uma posição que sempre lhe foi constante, a exaltação das virtudes das classes populares, das massas, das classes médias e baixas, que considera como o verdadeiro último reduto dos princípios que ergueram o Ocidente. Para o autor é precisamente entre as massas que se encontra o espírito de resistência ao politicamente correcto e de preservação da tradição ocidental, ameaçadas sim por elites que constituem a linha avançada da destruição desses princípios. O multiculturalismo, os estilos de vida «alternativos», as medidas de «affirmative action», o feminismo radicalizado, a relativização do valor da vida, a defesa do aborto, toda a agenda progressista encontra, sengundo Christopher Lasch, a maior resistência entre o povo e a maior força de imposição entre as novas elites do sistema globalizado, detentoras do poder económico e informativo.

Estas elites vivem num mundo aparte em que a informação e a elevada especialização técnica constituem os alicerces do poder e são elas que detêm o monopólio dos factores geradores de controlo social. Uma vez que o mercado destes factores é internacional e é daí que advém o seu estatuto dominante as novas elites são fiéis à manutenção e aprofundamento da nova ordem global e não manifestam qualquer lealdade para com as suas comunidades nacionais e as instituições tradicionais. Na verdade a distância que separa as novas classes dominantes das massas é de tal ordem que perderam toda a ligação à sua população, à sua nação. Vivem num mundo privado e selecto, habitam condomínios fechados, frequentam clubes privados, colocam os filhos em caras escolas particulares, desconhecem os bairros problemáticos, beneficiam de seguros de saúde que os asseguram contra os problemas dos sistemas de assistência médica, são portanto incapazes de compreender o mundo que está fora do seu círculo fechado e que afecta o povo.


Juro que nunca tinha sequer ouvido falar em Lasch... e ando há que tempos a dizer precisamente isso.
Será bruxedo?

4:48 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Não sei se tem a ver com o assunto mas...estas questões de elites e povo sempre me cheiraram mal!
Nasci numa casa transmontana, um solar com muitos quartos e salas, espaço suficiente para em miúdo andar de bicicleta (de prego a fundo!) dentro de casa. Actualmente moro num T-1 mais mulher e filha num bairro de classe média baixa, onde gente saída dos bairros sociais vai compra casa e onde "as brasileiras" alugam apartamentos! Conheci (conheço) a inveja em posições diferentes, conheci "amigos" a comer em minha casa e depois a comer num tasco que tive, ou seja dos dois lados do balcão...
Conheço empiricamente a psicologia de massas e sei também que um pastor com um rebanho em bom pasto e lobos afastados vive tranquilo. Sei o que é um homem "com bom vinho" e um filho da puta que usa o vinha para extravasar "corajosamente" a sua filha de putice.
Por tudo isto (e muito mais) não gosto daquilo que erradamente se chama povo (eu chamo populaça). Pensar que é nesta populaça que reside qualquer esperança é o mesmo que entregar o ouro ao bandido. Mudam de opinião mais depressa do que mudam de camisa, mudam de amizades quase com a mesma frequência e chateiam-se em demasia com o futebol.
Do outro lado temos aquilo a que chamam as elites! Quais? Os politiqueiros que nos desgovernam; os comentadores a metro que pululam os merdia; a alta finança, ou essa amálgama de emergentes (dos fundos europeus, na anarquia do betão, da droga...) que se faz transportar em audis e a fins!?
Não sei se o "PRESTO" ainda existe mas os glutões, esses, são cada vez mais!
È caso para perguntar – e você, ainda acredita neles?

Legionário

12:34 da tarde  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

«Juro que nunca tinha sequer ouvido falar em Lasch... e ando há que tempos a dizer precisamente isso.
Será bruxedo? »

Hehe, de facto eu lembrei-me de ti quando escrevi essa parte do texto.Mas olha que ele é menos liberal que tu no que respeita à ordem social.

Legionário... excelente intervenção meu amigo

6:17 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho disse...

Excelente poste.

11:25 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"Afinal, por que estão dispostos a lutar, sacrificar-se ou morrer os representantes de um Ocidente que já não acredita em nada que ultrapasse o indivíduo?"

Pelo legado dos seus antepassados e pelo futuro dos seus filhos. Não chega?

12:38 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Nunca tinha ouvido falar de Lasch, mas a sua análise parece-me extremamente certeira.

«toda a agenda progressista encontra, segundo Christopher Lasch, a maior resistência entre o povo e a maior força de imposição entre as novas elites do sistema globalizado, detentoras do poder económico e informativo.»

E não é difícil de perceber porquê. Por um lado é o «povo» que tem de viver com as consequências nada agradáveis dessa agenda, por outro lado, o «povo» não vai à Universidade e não lê jornais «sofisticados», logo, não é (tão) vítima da lavagem cerebral deste sistema.

Mas concordo com o Legionário, se estamos à espera que o «povo» acorde um belo dia mal disposto e faça a revolução estamos tramados, bem que podemos esperar sentados. Compete-nos a nós, nacionalistas, que percebemos os tempos difíceis por que passamos e que se irão agravar progressivamente até ao ponto de ruptura, captar e moldar este sentimento de descontentamento do «povo» em nosso proveito. Temos que saber usar o «povo» como um aríete contra os portões da «cidadela» mundialista. Se não formos nós, outros o farão.

«Uma vez que o mercado destes factores é internacional e é daí que advém o seu estatuto dominante as novas elites são fiéis à manutenção e aprofundamento da nova ordem global e não manifestam qualquer lealdade para com as suas comunidades nacionais e as instituições tradicionais.»

Não concordo com eles (as actuais elites), mas compreendo-os: o objectivo de qualquer elite política é perpetuar-se no poder.

NC

5:18 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"exaltação das virtudes das classes populares, das massas, das classes médias e baixas, que considera como o verdadeiro último reduto dos princípios que ergueram o Ocidente."

Isto é claramente falso. O povo iliterado foi sempre facilmente manipulado pelo poder (principalmente a Igreja) para que este atingisse os seus meios. As grandes revoluções científicas, artísticas, sociais e religiosas (reforma, iluminismo, renascimento, barroco, etc, etc) aconteceram no meio das elites.

E isto verifica-se ainda hoje. O povo limita-se a olhar o progresso, e zanga-se apenas quando não tem o seu pão. E é facilmente manipulado - e os nacionalistas obviamente aproveitam disso com receitas fáceis ("expulsa o preto que te rouba o pão e a tua filha").

É preciso notar que o povo resistiu a avanços sociais como o voto dos negros nos EUA, bem como o voto das mulheres no século passado - movimentos considerado de esquerda e degenerados.

]:->

6:40 da tarde  
Blogger PlanetaTerra disse...

///

--- A Comunicação Social europeia propagandeia aos ‘sete ventos’ que a imigração é necessária para resolver o Problema Demográfico Europeu... e assim sendo... assegurar a Sustentabilidade do Sistema de Segurança Social...
--- Ora, discutir se a imigração vai ou não vai assegurar a Sustentabilidade do Sistema de Segurança Social... é... TOTALMENTE IRRELEVANTE!!!...
--- O que é Verdadeiramente Relevante é o seguinte facto: qualquer Povo do Planeta... com UM MÍNIMO de ‘coluna vertebral’... JAMAIS aceitaria que viessem outros de fora... para lhes pagar as Pensões de Reforma......


---->>>> CONCLUSÃO ÓBVIA: Falar em ‘o Povo Europeu’, ‘o nosso Povo’, ( etc... ) ... é... CONVERSA DE OTÁRIOS!!!...
--- Mais.... ‘Meias-Palavras’ não é suficiente... há que chamar os ‘Bois pelos Nomes’: estamos perante PURA BANDALHAGEM --->>> A Europa está sob o domínio de um MONTE DE BANDALHOS ( vulgo Parasita Branco -> a Maioria do europeus ) que não estão preocupados com a SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA... pois... pretendem andar no Planeta a CURTIR À CUSTA DOS OUTROS:
-->> Exemplo 1: O Parasita Branco ( a Maioria dos europeus -> um MONTE DE BANDALHOS ) pretende andar no Planeta a Curtir a abundância de mão-de-obra Servil...... APESAR DE... o Parasita Branco nem sequer constituir uma Sociedade aonde se procede à Renovação Demográfica!
-->> Exemplo 2: O Parasita Branco ( a Maioria dos europeus -> um MONTE DE BANDALHOS ) pretende andar no Planeta a Curtir a existência de alguém que pague as Pensões de Reforma...... APESAR DE... o Parasita Branco nem sequer constituir uma Sociedade aonde se procede à Renovação Demográfica!

///

8:25 da tarde  
Blogger Rodrigo N.P. disse...

Ao Rodrigues Morgado;

«Envolver o homem em torno de um ideal (nem que seja meramente político)?
Parece-me a única saída...»

Provavelmente.

Ao anónimo das 12.38;

«Pelo legado dos seus antepassados e pelo futuro dos seus filhos. Não chega?»

Não sei... morrer pelo legado dos antepassados e pelo futuro dos filhos já ultrapassa a dimensão meramente individual que referi, mas julgo que falta algo, não bastará ulrapassar a dimensão individual, será talvez preciso o tal «para lá do homem»

Ao anónimo das 6.40;

«É preciso notar que o povo resistiu a avanços sociais como o voto dos negros nos EUA, bem como o voto das mulheres no século passado - movimentos considerado de esquerda e degenerados.»

Mas isso só confirma o que Lasch afirma, que é no povo que se encontram as forças de resistência "conservadoras".

Bom comentário NC, muito completo. E obrigado ao Vitor com uma saudação para Coimbra.

Planeta Terra, veja se entende, mesmo se estamos rodeados ou governados por parasitas não estamos na disposição de viver em "reservas naturais" e muito menos aceitar a partição das nossas terras.

10:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"Mas isso só confirma o que Lasch afirma, que é no povo que se encontram as forças de resistência "conservadoras"

Isso não discordo, obviamente. O que não me parece correcto é de alguma forma "demonizar" as elites, que contribuiram enormemente para o avanço da cultura Europeia em todos os níveis. Os princípios que regem a Europa, como a liberdade e direitos humanos, nasceram nas elites e não no Povo, e assim sendo não são os últimos - como Lasch afirma - os detentores dos princípios que ergueram a Europa.

]:->

9:30 da manhã  
Blogger Caturo disse...

Isto é claramente falso. O povo iliterado foi sempre facilmente manipulado pelo poder (principalmente a Igreja) para que este atingisse os seus meios.

Mas o maior fanatismo beato sempre esteve nas elites, não no povo; e quanto mais longe estava o povo dessas elites, menos poder tinha a Igreja no seu seio.


As grandes revoluções científicas, artísticas, sociais e religiosas (reforma, iluminismo, renascimento, barroco, etc, etc) aconteceram no meio das elites.

O que o autor dizia era que os valores do Ocidente (liberdade e identidades étnicas) estavam no seio do povo, enquanto as modernas elites queriam acabar com tudo isso. E isto é um facto. São as elites reinantes que tentam impedir a liberdade de expressão dos ideais que se opõem visceralmente ao seu credo internacionalista militante; e são as elites do poder que visam a diluição final de todas as fronteiras entre os povos.

1:02 da tarde  
Blogger Caturo disse...

O que não me parece correcto é de alguma forma "demonizar" as elites, que contribuiram enormemente para o avanço da cultura Europeia em todos os níveis

Mas em que direcção?
A Liberdade, que sempre foi um valor do Ocidente autêntico, antigo, acabou por brotar do seio dos povos ocidentais por meio de certas elites, é facto; mas, uma vez que o cerne da educação cristã se impôs por toda a Europa, nasceu daí um veneno espiritual que levou à constituição de uma mentalidade internacionalista militante e essa que contraria a existência étnica de todos os povos europeus.

Assim, neste momento, é nas elites que está o veneno que destrói o Ocidente, como bem diz Lasch.

1:05 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"O que o autor dizia era que os valores do Ocidente (liberdade e identidades étnicas) estavam no seio do povo, enquanto as modernas elites queriam acabar com tudo isso."

Concordamos que são as elites o motor de transformação da sociedade (científica, artística, religiosa e social), e o povo é o receptor dessa transformação e que resiste a mudança. Resiste porque não têm os mecanismos para perceber ou mesmo debater a mudança e porque ela acontece - especialmente no mundo ou aldeia global que vivemos. O que o Povo quer é apenas o seu ordenado no fim-do-mês e férias, muitas vezes está demasiado ocupado para votar. É por isso que é facilmente manipulado, e não se revolta como vocês, com essa mudança.

O PNR tem a mentalidade simplista do Povo. O discurso é populista e pressupõe que boicotando o comércio chinês, associando os imigrantes a criminosos e pedofilia aos homosexuais, o País segue em frente.

O perigo hoje em dia não é com os nazioracistas, mas sim com o fanatismo religioso - vindo dos cristãos (como se vê nos EUA) ou islâmico (um bocado por todo o mundo). É perigoso porque não se pode racionalizar com pessoas que acham que têm deus ao seu lado.

]:->

2:54 da tarde  
Blogger Caturo disse...

Concordamos que são as elites o motor de transformação da sociedade (científica, artística, religiosa e social), e o povo é o receptor dessa transformação e que resiste a mudança

Não resiste a todas as mudanças; não consta por exemplo que tenha resistido à Democracia, pelo contrário.


Resiste porque não têm os mecanismos para perceber ou mesmo debater a mudança e porque ela acontece

Errado. Resiste mais nuns casos do que noutros e de diferentes maneiras, porque conserva naturalmente o senso comum e é menos permeável aos processos de doutrinamento humanista contrários à natureza de todos os tempos.

Aliás, viu-se como o povo aderiu ao movimento nacional-socialista: em massa. Não lhe resistiu.

De facto, as elites não são todas iguais. E as elites denunciadas por Lasch, são as que querem criar o «homem-novo» a todo custo, num projecto que nem Frankentsein imaginaria.


O que o Povo quer é apenas o seu ordenado no fim-do-mês e férias,

O Povo quer tudo a que tem direito:
- subsistência;
- prazeres;
- segurança;
- liberdade;
- identidade.

De qualquer modo, é sintomático ver um «democratista» anti-racista a falar desse modo... diz tudo sobre o que realmente pretendem: nunca a Democracia, mas sim um despotismo iluminado - governar para o povo... mas sem o povo.

E aliás, qual povo? Como dizia Brecht citado muitas vezes pelo camarada João, «quando um povo não serve... muda-se de povo». Isto é, como os Europeus «resistem à mudança» identitária, a «elite» internacionalista trata de o adormecer e de lhe injectar o soro da morte lenta, isto é, o multiculturalismo e a apologia da miscigenação, para que, a longo prazo, os actuais povos europeus sejam substituídos por uma mulatagem dócil aos mandamentos universalistas dos seus criadores.


muitas vezes está demasiado ocupado para votar.

Mas vota - e quanto mais instruído é, mais vota. Por isso é que as sociedades mais evoluídas são também as mais democráticas. Na Suíça, por exemplo, o referendo é frequente e o povo lá arranja tempo para votar constantemente sem que a economia do país fique ao nível da de Cabo Verde.


O PNR tem a mentalidade simplista do Povo

O PNR tem uma mentalidade diametralmente oposta à da tua «elite». E essa «elite», para mascarar a existência de tal oposição, limita-se a tentar reduzi-la ao nível de um confronto entre mais evoluído e menos evoluído. Táctica cobarde e intelectualmente medíocre.


O discurso é populista

Todos os partidos têm um discurso populista.

e pressupõe que boicotando o comércio chinês,

De facto, os boicotes funcionam, como se tem provado em Espanha desde há muito tempo. E, contra o argumento do boicote, a elite internacionalista nada tem a dizer, excepto aplicar-lhe um rótulo de «simplista» (com laivos «snobes» para ocultar a sua própria pobreza de ideias).

O que essa elite não quer é que o Povo acorde para o poder que o boicote tem. É só isso.


associando os imigrantes a criminosos

Não é preciso associar - é só dizer o que o Povo vê todos os dias: que a maior parte dos criminosos violentos são Africanos.

3:11 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"Mas vota - e quanto mais instruído é, mais vota."

Quanto *mais* instruido, menos a tendência para votar em vocês. Tu mesmo o referiste. Por isso é que vocês se voltam ao povo que é facilmente manipulável mas essêncial no processo democrático.

"Não resiste a todas as mudanças; não consta por exemplo que tenha resistido à Democracia, pelo contrário."

Resiste quando tem de partilhar o seu poder: seja dando direitos a minorias, mulheres ou outras formas de vivência. Pergunto-me o que é que a "elite internacionalista" fica a ganhar com tudo isto. Aliás, se o povo está tão revoltado como vocês, porque é que *todos* partidos, excepto o PNR, são declaradamente anti-racistas... sabem por acaso algo sobre o Povo que vocês não saibam?

]:->

5:21 da tarde  
Blogger Caturo disse...

Quanto *mais* instruido, menos a tendência para votar em vocês. Tu mesmo o referiste

Eu referi-o num contexto que tu «por acaso» te esqueceste de referir - é que os que estão mais próximos dos antros das elites (universidades e não só) são mais influenciados pela ideologia dominante do sistema; e, por isso, tendem a opôr-se a nós, já que a nossa doutrina é visceralmente oposta à do sistema vigente.

No entanto, pode-se ser instruído de várias maneiras... e também deste lado há intelectuais.

De resto, o que eu disse é que a população, quanto mais instruída sobre os seus direitos e sobre as possibilidades que tem, mais vota - e, de facto, o Nacionalismo também cresce, e bem, nos países mais desenvolvidos e democráticos do mundo, como é disso exemplo a Dinamarca, onde primeiro-ministro é acusado de pactuar com o Partido do Povo (creio que é esse o nome), de tendência nacionalista e política claramente anti-imigracionista.


"Não resiste a todas as mudanças; não consta por exemplo que tenha resistido à Democracia, pelo contrário."

Resiste quando tem de partilhar o seu poder

Toda a gente resiste quando tem de partilhar o seu poder - e as elites dominantes não são excepção. Por isso é que a tua laia tem tanto medo de referendos e de eleições realmente livres.


Aliás, se o povo está tão revoltado como vocês, porque é que *todos* partidos, excepto o PNR, são declaradamente anti-racistas...

Porque quem controla o surgimento desses partidos, é a elite da tua laia - a que fez a Constituição, a que quer dar o racismo como crime de opinião e delito político.

3:25 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

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1:56 da manhã  
Blogger francisco disse...

Um anônimo disse: "Os princípios que regem a Europa, como a liberdade e direitos humanos, nasceram nas elites..." Leiam Toda A Verdade Sobre o Clube Bilderberg e verão os verdadeiros princípios que regem a Europa e quem é a Elite Global que, certamente, perde muito do seu sono ao se preocupar com cada mortal.

1:21 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

aff... esse cara te um discurso muito proximo ao nazismo, sistema totalitário que possuiu mais aperfeiçoou seu discurso.Parece que "a cristantade corre perigo", idéia em voga na idade média.. seria ilusão ou querem transporta-la para o século XXI? Pelo o que foi apresentado aqui, Lasch cheira a W.A.S.P(branco,anglo-saxão,protestante). O que me deixa MAIS impressioando é no Brasil, país formado por tantos povos, pessoas aderirem a idéias como essas, vendo pelos comentários aqui deixados. Assim fica esclarecido o motivo pelo qual o país tem tantos políticos ruins,reflexo de uma população que adoro discursos messiânicos e precisam de alguem indique o caminho, como faz a religião. E independente de classe social NOSSA, COMO É DIFICIL PENSAR POR SI, NÃO?

6:34 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Você é analfabeto, vá estudar e não comente mais.

11:09 da tarde  

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